Tribunal Constitucional destitui presidente Yoon Suk-yeol

por Lusa
As manifestações em torno de Yoon Suk-yeol continuam Jeon Heon-Kyun - EPA

O Tribunal Constitucional da Coreia do Sul confirmou esta sexta-feira a destituição do presidente sul-coreano Yoon Suk-yeol, devido à declaração da lei marcial em dezembro.

Yoon "não só declarou a lei marcial, como cometeu actos que violaram a Constituição e a lei, incluindo a mobilização de forças militares e policiais para impedir a Assembleia Nacional de exercer a sua autoridade", afirmou o tribunal na sua decisão.

A decisão foi anunciada na sede do tribunal, em Seul, num evento transmitido em direto pela televisão, com a presença do público, num dia que poderá ser um novo ponto de viragem na turbulenta história política recente do país.

A confirmação da destituição de Yoon requeria o apoio de seis dos oito juízes do Tribunal Constitucional.

A Coreia do Sul terá agora de convocar eleições presidenciais antecipadas no prazo de 60 dias.

Lee Jae-myung na linha da frente

Uma eleição em que o claro favorito será o líder da oposição, Lee Jae-myung, absolvido na semana passada, em recurso, num caso que poderia ter custado a sua elegibilidade política.

A polarização em torno do caso tem sido intensa. Milhares de pessoas participaram em manifestações a favor e contra o presidente suspenso desde a sua destituição pelo parlamento.

A polícia ativou o nível máximo de emergência e mobilizou todos os operacionais, anunciaram as autoridades.

Há preocupações sobre uma possível repetição do incidente semelhante ao de 19 de janeiro, quando os apoiantes de Yoon invadiram o Tribunal Distrital Ocidental de Seul para protestar contra a decisão de prolongar a detenção do político.

Em 24 de março, o Tribunal Constitucional rejeitou um pedido de destituição do primeiro-ministro, Han Duck-soo, tornando-o novamente presidente interino.

 

Tópicos
PUB