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Guerra na Ucrânia. A evolução do conflito ao minuto

Três cimeiras. NATO, G7 e UE reúnem-se para responder à guerra na Ucrânia

por RTP
A cimeira da NATO desta quinta-feira é a primeira reunião presencial desde o início da invasão russa da Ucrânia Ints Kalnins - Reuters

Os chefes de Estado e de governo da NATO, do G7 e da União Europeia confluem esta quinta-feira para Bruxelas, quando se completa o primeiro mês de guerra na Ucrânia. A Aliança Atlântica quer robustecer a presença militar dissuasora a leste para conter eventuais planos expansionistas da Rússia. O presidente dos Estados Unidos vai estar presente nas três cimeiras.

Joe Biden é o primeiro presidente norte-americano a marcar presença num Conselho Europeu, neste caso na quarta cimeira de líderes da União Europeia em cinco semanas, que se prolongará até sexta-feira.

Concretizada a formação do novo elenco governativo socialista, o primeiro-ministro, António Costa, estará na cimeira da Aliança Atlântica e no Conselho Europeu.
"A paz está distante desde o primeiro dia em que a guerra começou", afirmou o primeiro-ministro, já esta manhã, à entrada para a cimeira da NATO. António Costa acrescentou que "um minuto de guerra já é um minuto a mais".A cimeira da NATO desta quinta-feira é a primeira reunião presencial desde o início da invasão russa da Ucrânia.


"Esta guerra tem sido conduzida de uma forma particularmente brutal, particularmente violenta, de uma forma particularmente dura, não se dirigindo a alvos militares, mas, pelo contrário, uma destruição massiva de cidades, numa falta de humanidade como eu creio que nenhum de nós tem memória de ter visto numa guerra", acentuou o governante português.

Questionado sobre a ameaça russa de utilização de armamento nuclear, Costa retorquiu que "a NATO não contribuirá em nada para essa escalada".

A intensa jornada diplomática em Bruxelas tem assim início com o encontro extraordinário de líderes da Aliança Atlântica. Espera-se que os países-membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte aprovem um reforço de meios militares no leste da Europa. Concretamente, por via do “empenhamento de quatro novos grupos de combate” na Bulgária, na Hungria, na Roménia e na Eslováquia.
Andrea Neves, correspondente da Antena 1 em Bruxelas

Os líderes da NATO tratarão igualmente de reforçar o apoio em material de guerra à Ucrânia, mas também afinar posições perante a China e a Bielorrússia. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, vai intervir por videoconferência nesta cimeira da Aliança AtlÂntica.


A sede da NATO será ainda o palco para uma reunião do G7, grupo dos sete países mais industrializados. Neste encontro deverão ser debatidas sanções adicionais contra a Rússia e a Bielorrússia, além da resposta ao impacto da guerra sobre o domínio energético.

A derradeira escala do presidente norte-americano em Bruxelas será o Conselho Europeu.
Antena 1

Os líderes da União Europeia têm por diante uma pesada agenda que irá do acentuar das sanções à Rússia de Vladimir Putin - desde logo o cenário de embargo à importação de gás e petróleo russos - ao pedido da Ucrânia para uma adesão célere à União Europeia.

A resposta ao aumento dos preços da energia será tema dominante.

Na véspera da cimeira da União, a Comissão Europeia anunciou novas medidas para diminuir o impacto das consequências da guerra.
Duarte Valente, correspondente da RTP em Bruxelas, com imagem de Rui Manuel Silva

Mais apoio aos refugiados, reforço da segurança alimentar e do armazenamento de gás são algumas das propostas. Será também reforçadas as relações comerciais com os Estados Unidos.

c/ agências
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