A morte do cantor britânico, que ocorreu em Buenos Aires, já arrastou pelo menos três pessoas no rol das acusações, disse Ministério Público Nacional Penal e Correcional da Argentina, esta quinta-feira. Em causa estão crimes de "abandono de uma pessoa seguida de morte" e fornecimento de drogas. Não foi dada mais nenhuma informação sobre a identificação dos detidos.
Uma pessoa que acompanhava Liam Payne é acusada de “abandono de uma pessoa seguida de morte”. Um funcionário do hotel e uma terceira pessoa também foram acusados de fornecer drogas ao vocalista da extinta banda britânica One Direction.
"A conduta ilícita foi descoberta a partir da qual três indivíduos foram acusadas de abandono de pessoa, seguida de morte, fornecimento e facilitação de narcóticos", avançou o procurador Andrés Madrea.
As autoridades argentinas estão a passar a pente fino os últimos dias de Payne que estava instalado no Hotel CasaSur, em Buenos Aires.
Durante a investigação, a investigação forense encontrou substâncias no quarto do cantor e ainda objetos e móveis destruídos.
Foram também reportadas duas chamadas para os serviços de emergência feitas por funcionários do hotel onde foi referido de “tinham um hóspede que tinha tomado muitas drogas e álcool” e estava a “partir a sala toda”.
Nesta quinta-feira, o Ministério Público relatou que os testes toxicológicos feitos a Payne revelaram vestígios de álcool, cocaína e um antidepressivo, referentes às últimas 72 horas antes de morrer.
Um exame post-mortem determinou a causa de morte do cantor como tendo sofrido "múltiplos traumas" e “hemorragia interna e externa". Os médicos forenses que realizaram a autópsia afirmam que os ferimentos eram consistentes com a queda da varanda do hotel.
De acordo com as autoridades, os relatórios médicos também sugeriram que Payne pode ter caído em estado de semi ou total inconsciência por não ter "adotado postura para se proteger durante a queda".
O Ministério Público acrescentou que examinou mais de 800 horas de imagens de vídeo de câmeras de segurança no hotel e em vias públicas, e ainda imagens do telemóvel do cantor. Recebeu também dezenas de testemunhos de funcionários do hotel, familiares, amigos e profissionais médicos.