O período de tréguas em vigor no Iémen foi prolongado por mais dois meses, anunciou a ONU, no último momento antes das anteriores expirarem.
As Nações Unidas esperam ainda “intensificar” as negociações para alcançar uma paz “duradoura”.
“Tenho o prazer de anunciar que as partes entenderam prolongar as tréguas, nas mesmas condições, por mais dois meses suplementares, de dois de agosto a dois de outubro de 2022”, declarou o enviado das Nações Unidas ao Iémen, Hans Grundberg.
O cessar-fogo “inclui um compromisso das partes a intensificar as negociações para alcançar um acordo de tréguas alargado o mais cedo possível”, acrescentou em comunicado. Grunberg acrescentou que os contactos conduzidos por intermédio da INU prosseguem “para consolidar a oportunidade disponibilizada pelas tréguas de se orientarem para uma paz duradoura”.
O Iémen está em guerra há oito anos e a sua população civil enfrenta uma das piores crises humanitárias no planeta. O país mais pobre da Península Arábica é palco de uma guerra por procuração, entre o Irão e a Arábia Saudita, com os rebeldes xiitas Houthi que depuseram um governo sunita a combaterem tropas apoiadas por uam coligação sunita.
As conquistas territoriais Houthi levaram a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos a formar uma coligação militar em apoio às tropas governamentais iemenitas, levando a um equilíbrio de forças no terreno.
“O objetivo principal das tréguas atuais mantém-se aliviar de forma tangível o sofrimento dos civis e criar um ambiente propício a uma resolução pacífica do conflito através de um processo político global”, declarou Hans Grundberg.
A União Europeia reagiu em comunicado saudando o prolongamento das tréguas e apelando os protagonistas a continuar a respeita-las e a trabalhar para o regresso às negociações de paz sob a égide da ONU, fe forma a resolver o conflito.