O número de transações suspeitas registadas em casinos de Macau atingiu um novo recorde em 2024, subindo 11,8% em termos anuais, com as receitas de jogo na região chinesa em retoma após a pandemia.
O Gabinete de Informação Financeira (GIF) revelou que as seis operadoras de casinos em Macau submeteram, no total, 3.837 participações de transações suspeitas de branqueamento de capitais ou de financiamento do terrorismo.
Num comunicado divulgado na quarta-feira, o GIF sublinhou que tinha recebido 3.431 participações em 2023, o anterior recorde anual.
O gabinete aponta "o aumento no número de participações de transações suspeitas reportadas pelo setor financeiro" como a principal razão para uma subida de 13,7% no número total de transações suspeitas.
Em 2024, o GIF recebeu 5.245 participações, sendo que 73,2% vieram das concessionárias de casinos, enquanto 20,9% vieram de bancos e seguradoras e 5,9% de outras instituições e entidades.
Os setores referenciados, incluindo lojas de penhores, joalharias, imobiliárias e casas de leilões, são obrigados a comunicar às autoridades qualquer transação igual ou superior a 500 mil patacas (cerca de 60.500 euros).
Do total de 5.245 participações, o GIF remeteu no ano passado 142 transações suspeitas ao Ministério Público para investigação, mais 26 do que em 2023.
Em 2024, o setor do jogo em Macau arrecadou um total de 226,8 mil milhões de patacas (27,5 mil milhões de euros) em receitas, mais 23,9% do que no ano anterior.
Estes valores permanecem longe do registado antes da pandemia, em parte devido à quebra do chamado jogo VIP (grandes apostas), após a detenção, em novembro de 2021, do líder do maior angariador de apostas VIP do mundo.