O jovem de 19 anos, Nikolas Cruz, confessou ser o autor do massacre numa escola secundária na Florida que provocou a morte a 17 pessoas. O atirador era um antigo aluno da escola que tinha sido expulso por razões disciplinares.
O autor do tiroteio de quarta-feira foi identificado como Nikolas Cruz, solitário e grande amante de armas. O jovem, de 19 anos, foi presente na quinta-feira a tribunal, tendo sido acusado de 17 homicídios premeditados. O jovem acabou por admitir ter sido ele o autor do massacre da passada quarta-feira.
Cruz pôs-se em fuga depois dos disparos mas acabou por ser detido pela polícia uma hora depois, numa zona residencial, tendo-se rendido pacificamente. Consigo trazia uma espingarda tipo AR-15 e muitas munições.
Depois do massacre, o jovem desfez-se da arma, dirigindo-se para um supermercado e, depois, para um restaurante. A polícia acabaria por deter o jovem cerca de uma hora após o massacre.
A agência Reuters adianta que o FBI abriu um inquérito interno para saber se fez tudo o que era suposto, na sequência de uma denúncia ocorrida há meses relativamente a Nikolas Cruz.
A denúncia, sabe-se agora, foi feita em setembro de 2017 por um utilizador do YouTube que tinha, num vídeo seu publicado na plataforma, um comentário da autoria de Nikolas Cruz: "I'm going to be a professional school shooter", ou seja, “vou ser um atirador de escola profissional”.
Na altura, Ben Bennight, o utilizador do YouTube que se apercebeu do comentário, denunciou-o ao YouTube. A plataforma acabou por retirar o comentário pouco depois, mas Ben Bennight não se ficou por aqui: tirou uma fotografia ao comentário e enviou-a ao FBI.
FBI já sabia
Citado pela BBC, o FBI confirmou esta informação e disse que investigou a base de dados mas não conseguiu identificar a pessoa responsável pelos comentários", afirmou o agente do FBI, Robert Lasky.
O tiroteio de quarta-feira, na escola secundária Marjory Stoneman Douglas, resultou na morte de 17 pessoas e tornou-se o maior massacre em recinto escolar alguma vez ocorrido nos Estados Unidos, depois do massacre de 20 crianças e seis educadoras em 2012, na escola elementar Sandy Hook em Newtown, Connecticut.
O pior massacre do género deu-se em 2007, na Virginia Tech, onde foram abatidas 32 pessoas. Os ataques com armas são vistos como o outro terrorismo nos EUA.
Só este ano, em mês e meio, a contagem e tragédias a envolver armas de fogo em estabelecimentos de ensino norte-americanos vai já em 18, de acordo com a estatística da organização Everytown for Gun Safety.