A União Europeia (UE) felicitou hoje as autoridades de Timor-Leste pelas eleições legislativas de 21 de maio, um ato "bem organizado, transparente e pacífico", estando disponível a trabalhar com os governantes eleitos.
Num comunicado hoje divulgado, a UE "felicita Timor-Leste pelas suas eleições legislativas" e cumprimenta as autoridades do país pelo ato eleitoral que classifica como bem organizado, transparente e pacífico".
"O elevado número de cidadãos timorenses que votaram, confirma o forte empenhamento do povo de Timor-Leste na democracia e em processos políticos pacíficos.
A UE diz ainda aguardar "com expectativa a oportunidade de trabalhar em conjunto com o Parlamento recém-eleito e o novo Governo em domínios de interesse comum, tanto a nível nacional como multilateral".
O Presidente de Timor-Leste, José Ramos Horta, disse hoje que prefere que os 65 deputados eleitos em 21 de maio tomem posse a 12 de junho, permitindo que o novo executivo possa assumir funções três dias depois.
Os resultados definitivos validam a vitória do Congresso Nacional para a Reconstrução de Timor-Leste (CNRT), de Xanana Gusmão, à frente da Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin).
O CNRT garantiu, na 6.ª legislatura, 31 dos 65 lugares do Parlamento, mais 10 dos que detém atualmente, apesar de ter ficado aquém da maioria absoluta, tendo já iniciado negociações para a formação de uma aliança com o Partido Democrático (PD), numa maioria de 37 deputados, tendo os dois partidos começado já negociações para esse processo.
O PD passou a ser a terceira força política, conquistando mais um lugar, para um total de seis cadeiras, com a Fretilin em segundo, a perder quatro dos seus atuais 23 deputados.
O Partido Libertação Popular (PLP), do primeiro-ministro timorense, Taur Matan Ruak, perdeu metade dos oito lugares no Parlamento, passando de terceira para quinta força política e o Kmanek Haburas Unidade Nacional Timor Oan (KHUNTO) aumentou o seu apoio em número de votos, mas mantém os atuais cinco lugares no Parlamento.
O Parlamento ficará com cinco bancadas partidárias, quando atualmente tem oito.