O primeiro-ministro de Timor-Leste, Xanana Gusmão, afirmou que o apoio aos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento "tem sido insuficiente", com as alterações climáticas agravaram os desafios.
O chefe do Governo timorense falava na segunda-feira numa reunião dos líderes da Aliança dos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento à margem da 79.ª sessão da Assembleia-geral das Nações Unidas.
"Há mais de três décadas, a comunidade internacional reconheceu os desafios geográficos e situacionais únicos enfrentados pelos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento. Contudo, a implementação dos compromissos necessários para apoiar aqueles países continua a ser insuficiente", salientou Xanana Gusmão.
No encontro, o primeiro-ministro timorense afirmou que as "alterações climáticas vieram agravar, ainda mais, os desafios de desenvolvimento" daqueles países, nomeadamente com a subida do nível das águas do mar com alguns daqueles países a perderem território.
"Timor-Leste une-se a vós no apelo para a criação de um novo mecanismo financeiro que beneficie todos de forma equitativa, em particular os mais vulneráveis", sublinhou.
"Devemos também garantir que os países desenvolvidos cumprem com as suas responsabilidades, ao abrigo do direito internacional, de apoiar os nossos objetivos de desenvolvimento sustentável, respeitando o nosso direito de desenvolver os nossos recursos e de definir o nosso próprio desenvolvimento", acrescentou o líder do executivo timorense.
A Aliança dos Pequenos Estados Insulares representa, desde 1990, 39 pequenos estados insulares e países em desenvolvimento de baixa altitude nas negociações sobre alterações climáticas e desenvolvimento sustentável, incluindo Timor-Leste, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau e Cabo Verde.
Aquela organização tem apelado aos países desenvolvidos para mostrarem um apoio credível aos países vulneráveis.