A moção de censura levantada pelo Partido Trabalhista a Theresa May foi esta quarta-feira rejeitada no Parlamento britânico. Com 306 votos a favor e 325 contra, a primeira-ministra sobreviveu, pela segunda vez em pouco mais de um mês, a uma moção que poderia tê-la afastado da chefia do Governo. Já ao final da noite, falou a partir do N.º 10 para reafirmar a determinação em fechar o acordo do Brexit.
“Estou satisfeita pelo facto de esta Câmara ter expressado a sua confiança no Governo esta noite”, começou por dizer Theresa May após serem conhecidos os resultados da votação.
“Não encaro esta responsabilidade com leveza e o meu Governo vai continuar o seu trabalho para aumentar a prosperidade, garantir a nossa segurança e fortalecer a nossa união”, frisou.
“E sim, iremos continuar a trabalhar para cumprir com a solene promessa que fizemos ao povo deste país, para dar resposta aos resultados do referendo e sair da União Europeia”, acrescentou a primeira-ministra, que de seguida convidou os líderes dos restantes partidos parlamentares para reuniões que poderão começar já esta noite.
“Não encaro esta responsabilidade com leveza e o meu Governo vai continuar o seu trabalho para aumentar a prosperidade, garantir a nossa segurança e fortalecer a nossa união”, frisou.
“E sim, iremos continuar a trabalhar para cumprir com a solene promessa que fizemos ao povo deste país, para dar resposta aos resultados do referendo e sair da União Europeia”, acrescentou a primeira-ministra, que de seguida convidou os líderes dos restantes partidos parlamentares para reuniões que poderão começar já esta noite.
A líder conservadora garantiu estar pronta para trabalhar com todos os membros parlamentares que assim o desejem de modo a poder cumprir com o Brexit.
Já o líder trabalhista Jeremy Corbyn relembrou que, “há uma semana atrás, a Câmara dos Comuns votou para condenar a ideia de um Brexit sem acordo” e defendeu que, antes de qualquer discussão acerca do caminho a seguir, o Governo deve dar garantias de que a ausência de acordo está fora de questão, pois tal seria uma “catástrofe” e resultaria em caos.
Partidos vão reunir-se
Já ao final da noite, junto à sua residência oficial em Downing Street, Theresa May sublinhou que o seu dever é “cumprir a vontade do povo britânico” e que tenciona fazê-lo.
“Esta noite, o Governo ganhou a confiança do Parlamento. Isto dá-nos todas as oportunidades para nos focarmos em encontrar o caminho a seguir para o Brexit”, declarou a primeira-ministra.
“Devemos todos trabalhar juntos de forma construtiva (…) e é por isso que convido os membros parlamentares de todos os partidos a juntar-se para encontrar o rumo a seguir. É altura de colocar os interesses pessoais de parte”. De acordo com May, as reuniões realizar-se-ão já a partir de quinta-feira.
“Num voto histórico em 2016, o pais decidiu abandonar a UE”, acrescentou. “Agora é altura de nos unirmos, de colocarmos o interesse nacional em primeiro lugar e de cumprir com o referendo”.
“Esta noite, o Governo ganhou a confiança do Parlamento. Isto dá-nos todas as oportunidades para nos focarmos em encontrar o caminho a seguir para o Brexit”, declarou a primeira-ministra.
“Devemos todos trabalhar juntos de forma construtiva (…) e é por isso que convido os membros parlamentares de todos os partidos a juntar-se para encontrar o rumo a seguir. É altura de colocar os interesses pessoais de parte”. De acordo com May, as reuniões realizar-se-ão já a partir de quinta-feira.
“Num voto histórico em 2016, o pais decidiu abandonar a UE”, acrescentou. “Agora é altura de nos unirmos, de colocarmos o interesse nacional em primeiro lugar e de cumprir com o referendo”.
"Interesse nacional"
Durante o debate para a moção de censura, que antecipou a votação final, Theresa May fez um último apelo. “Neste momento crucial na história da nossa nação, uma eleição geral não é do interesse nacional”, assegurou.
“Iria aprofundar a divisão do país num momento em que é necessária união, traria caos quando precisamos de certezas e traria atrasos quando precisamos de seguir em frente, portanto acredito que a Câmara [dos Comuns] deveria rejeitar a moção” de censura, tinha apelado May.
Ainda durante o debate, a primeira-ministra britânica sublinhou que, quando abrir as conversações entre os partidos para discutir uma nova abordagem ao Brexit, não irá aceitar a exigência do Partido Trabalhista de manter o Reino Unido numa união aduaneira com livre comércio.
Ao integrar uma união aduaneira, onde o comércio é livre, o Reino Unido ficaria impedido de realizar os seus próprios acordos comerciais independentes.
“Eu quero aquilo que o povo britânico votou”, explicou May. “Votaram pelo fim da livre circulação, votaram a favor de uma política de comércio independente, votaram pelo fim da jurisdição do Tribunal de Justiça da União Europeia. Cabe a este Parlamento assegurar que cumprimos com isso”.
O debate para a moção de censura foi também marcado por duras críticas à primeira-ministra, acusada de estar em negação relativamente à dimensão das dificuldades que tem enfrentado devido ao Brexit.
Jeremy Corbyn declarou que o Governo “não reconheceu a escala da derrota que sofreu” na noite de terça-feira e defendeu que qualquer outro Governo teria já apresentado a demissão.
“O problema é que a primeira-ministra parece estar a agir como se tivesse perdido [a moção que pedia o apoio ao Acordo de Saída] por 30 votos, e não por 230”, frisou a deputada trabalhista Yvette Cooper.
O acordo para o Brexit foi rejeitado pelo Parlamento britânico na noite de terça-feira, com 432 votos contra e apenas 202 a favor. Entre os votos favoráveis, 118 foram de deputados do Partido Conservador de May.