O Kremlin nega a informação passada por meios de comunicação por todo o mundo sobre uma chamada telefónica entre o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, e Vladimir Putin e na qual Trump terá pedido para a Rússia não fazer crescer o conflito na Ucrânia, lembrando o poderio militar americano na Europa. Peskov fala em “pura ficção”.
Dmitry Peskov, principal porta-voz do Kremlin, também já abordou este assunto, negando que tenha havido sequer uma conversa.
“É falso, é pura ficção. Isto é, simplesmente informação falsa. Não houve conversa”. Estas declarações vêm no seguimento de um encontro de Peskov com a imprensa russa, onde terá apontado sinais “positivos” da nova administração norte-americana numa altura em que Zelensky relembrou que sem a ajuda dos Estados Unidos a Ucrânia perderá a guerra.
Muitos esperam que Donald Trump mantenha a posição da Administração Biden e fique ao lado da Ucrânia. Em Washington, o principal conselheiro da Defesa revelou que Biden vai apresentar a Trump uma análise no sentido de que um afastamento da Ucrânia fará crescer a instabilidade na Europa.
Tanto a Rússia como a Ucrânia continuam a levar a cabo ataques mútuos com grandes ataques de drones. Ainda esta segunda-feira, de acordo com a BBC, pelo menos seis pessoas morreram e 21 ficaram feridos após um ataque russo em território ucraniano.
“Todos os dias, todas as noites, a Rússia continua a lançar o terror [na Ucrânia]. Cada vez mais civis estão a tornar-se alvos. A Rússia apenas quer continuar a guerra e cada um dos seus ataques nega qualquer declaração de diplomacia por parte da Rússia”. Palavras de Volodymyr Zelensky na rede social X após mais um ataque russo.
O presidente ucraniano voltou a pedir apoio da comunidade internacional e mais armas para travar os ataques russos. Enquanto isso, a Rússia continua a fazer avanços em território ucraniano. O ministro russo da Defesa anunciou que as forças russas conquistaram a vila de Kolisnykivka, em Kharkiv.
Com a transição de poder nos Estados Unidos, países como a Alemanha acreditam que Vladimir Putin poderá aproveitar este período para cimentar ainda mais a sua posição na Ucrânia.