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Guerra no Médio Oriente. A escalada do conflito ao minuto

Taiwan mobiliza barcos de patrulha em resposta à China

por Lusa
No mar as movimentações são constantes Daniel Ceng - EPA

Taiwan mobilizou esta segunda-feira as Forças Armadas para "defender a liberdade e a democracia" e "proteger" a sua soberania contra a China, que iniciou uma nova vaga de manobras militares em torno da ilha.

Em comunicado, o ministério da Defesa Nacional (MND) de Taiwan expressou a sua "forte condenação" das "ações provocatórias e irracionais" de Pequim, que "aumentam a tensão e prejudicam a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan".

"Perante as ameaças, as forças armadas estão em alerta máximo, com a firme vontade de preparar a guerra sem a procurar, confrontá-la sem a evitar", acrescentou.

O líder de Taiwan, William Lai, convocou uma reunião sobre segurança nacional "para discutir rapidamente a resposta adequada" às manobras, de acordo com um comunicado do Gabinete Presidencial de Taiwan.

Durante a reunião, o ministro da Defesa, Wellington Koo, apelou a todos os militares para "aumentarem a vigilância, reforçarem a supervisão e coordenarem-se estreitamente com unidades como a Guarda Costeira", atuando com uma "perspetiva alargada" para "não escalarem o conflito ou provocarem disputas".

"As ações de dissuasão cognitiva e de divisão social, combinadas com ações militares contra nós, são táticas habituais do exército comunista. O Ministério da Defesa divulgará adequadamente a dinâmica marítima e aérea, explicando as medidas que o exército tomará, sempre sob a premissa de garantir a segurança operacional", acrescentou.

Barcos patrulha em ação

A Guarda Costeira de Taiwan enviou também vários barcos de patrulha, em resposta à presença de navios chineses nas proximidades da ilha, horas depois de Pequim ter anunciado nova vaga de manobras militares em torno de Taiwan.

Em comunicado, a Guarda Costeira de Taiwan (CGA) afirmou que "as ações intimidatórias e ameaçadoras" do Exército de Libertação Popular e da Guarda Costeira Chinesa (CCG) "afetaram seriamente a paz no Estreito de Taiwan e a estabilidade regional, com a intenção de perturbar o `status quo`".

"A Guarda Costeira está totalmente preparada e defenderá firmemente as fronteiras marítimas e a soberania nacional. As embarcações comerciais e de pesca que transitam na zona foram igualmente alertadas para estarem extremamente vigilantes", declarou a CGA, que está a acompanhar "de perto" a situação em colaboração com o ministério da Defesa de Taiwan.

A agência também disse ter detetado "movimentos anormais" de navios da Guarda Costeira chinesa desde as 11:00 horas (04:00, em Lisboa) de domingo.

"Além de várias embarcações que atravessaram a linha média do Estreito de Taiwan - fronteira não oficial que foi respeitada durante décadas - foram detetadas formações de embarcações que se mantêm em águas a norte, sudoeste e leste da nossa ilha", afirmou a CGA.

 

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