O líder do Syriza agradeceu na noite de domingo aos seus apoiantes a vitória histórica nas legislativas gregas e apelou ao regresso dos que saíram do país devido a sete anos de austeridade. Perante uma Praça Sintagma repleta e em festa, o primeiro-ministro eleito, de 40 anos, disse que ganhou a Grécia "que trabalha, que luta, que tem esperança".
Alexis Tsipras reiterou mais tarde que o resultado destas eleições representa "uma forte mensagem do povo grego" e considerou que a democracia "vai regressar à Grécia" com o fim da austeridade. "A nossa vitória é a de todos os povos da Europa", acrescentou Alexis Tsipras, que prometeu aos gregos renegociar a dívida da Grécia, calculada em mais de 300 mil milhões de euros.Quando estavam apurados 95 por cento dos votos, o Syriza, uma coligação de partidos de extrema esquerda, ficava a dois assentos da maioria absoluta de 151 deputados.
Em segundo lugar, com 28 a 29 por cento dos votos, ficou a Nova Democracia, do primeiro-ministro cessante Antonis Samaras, que cedo reconheceu a derrota e ao início da noite deu os parabéns ao vencedor.
Samaras, que liderou uma coligação da qual faziam parte também os socialistas do Pasok, diz que sai "de consciência tranquila".
"Entrego um país que é parte da União Europeia e do euro. Para o bem deste país, espero que o próximo governo mantenha o que foi alcançado", acrescentou Samaras.
As eleições legislativas na Grécia, realizadas a 25 de janeiro, tiveram como grande vencedor o Syriza de Alexis Tsipras. Uma vitória inédita para um partido que conheceu grande ascensão pela postura anti-austeridade, contra as políticas da União Europeia. Em dia de festa, os gregos celebram o início de uma nova etapa marcante e incerta para a política nacional e europeia.
Alexis Tsipras afirmou esta noite querer "negociar" com os credores da Grécia uma "nova solução viável que beneficie todos".
"O novo governo estará pronto a colaborar e negociar pela primeira vez com os nossos parceiros uma solução justa, viável, durável, que beneficie a todos", prometeu.
Não haverá "confronto" e a Grécia "irá desiludir todas as Cassandras internas e externas do país", garantiu o líder do Syriza.
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