Mohamed Houli Chemlal, o alegado terrorista que ficou ferido na casa de Alcanar, na noite anterior aos atentados de Barcelona, afirmou esta terça-feira em tribunal que a ideia inicial do atentado era atacar a Sagrada Família e outros monumentos.
Mohamed Chemlal - 21 anos - indicou ainda como eram fabricadas as bombas e como conseguiram os materiais para as produzir, identificando ainda outros membros da célula jihadista que organizava o atentado.
Mohamed Houli Chemlal tinha ficado ferido na explosão da casa em Alcanar, em Tarragona, na passada quinta-feira, onde os terroristas preparavam explosivos para o que se julgava ser um plano mais ambicioso de ataque em Barcelona e que agora se veio a confirmar.
O testemunho de Chemlal terá sido crucial para entender o modo de funcionamento e a estratégia da célula terrorista dos atentados da Catalunha, que causaram 15 mortos e mais de 100 feridos.
Procuradoria-geral pede pena de prisão para Chemlal
A Procuradoria-Geral espanhola pediu ainda que fosse aplicada pena de prisão para Mohamed Houli Chemlal, o primeiro suspeito a ser ouvido esta terça-feira.
Já o advogado de defesa de Mohamed Houli Chemlal pediu que o suspeito saísse em liberdade condicional.
El herido en Alcanar declara ante el juez que iban a atentar contra la Sagrada Familia. https://t.co/gRbdl9S06i
— EL MUNDO (@elmundoes) 22 de agosto de 2017
Os outros suspeitos detidos pelos atentados de Barcelona e Cambrils são Driss Oukabir, Mohammed Alla e Salh el Karib.
Driss Oukabir, irmão de Moussa Oukabir, um dos cinco terroristas abatidos em Cambrils, foi o segundo detido a ser ouvido esta tarde.
Recorde-se que Driss Oukabir (28 anos), Mohammed Alla (27 anos) e Salh el Karib (34 anos) foram detidos na zona de Ripoll, em Girona.
A decisão do juiz Fernando Andreu, que conduz a investigação, será conhecida quando estiver concluída a audiência nacional de todos os detidos, que ainda prossegue no tribunal em Madrid.