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Supermercado de portugueses fechou as portas de urgência em zona abastada de Caracas

por Lusa

Uma sucursal de uma conhecida rede de supermercados de empresários portugueses radicados na Venezuela encerrou hoje de urgência as suas portas, quando centenas de pessoas faziam pressão para entrar, numa abastada (de classe média e alta) zona de Caracas.

Fontes da comunidade portuguesa local explicaram à agência Lusa que havia mais de 500 pessoas a fazer fila desde as 04:00 na sucursal de Excelsior Gama em Santa Fé, Baruta (sul de Caracas), à espera para comprar arroz e outros produtos básicos que escasseiam no mercado local.

Pelas 16:00 horas locais (20:30 horas em Lisboa), as pessoas, começaram a reclamar pela pouca quantidade de produtos que chegava ao supermercado e começaram a gritar "queremos comida".

Os clientes, que ainda esperavam pela chegada do arroz, ficaram desesperados e começaram a empurrar-se uns aos outros, o que terá ocasionado uma tentativa de pilhagem que foi controlada por funcionários da Polícia Municipal de Baruta que passavam pelo lugar.

Num momento de tensão chegou um camião com produtos, que rapidamente deixou o lugar devido ao risco de pilhagem.

O supermercado fechou as portas de forma brusca, os empregados e alguns clientes ficaram "presos" dentro do estabelecimento, à espera que a situação acalmasse.

Dezenas que estabelecimentos comerciais foram saqueados, desde há uma semana, na Venezuela, na sequência de protestos pela falta de produtos básicos no país.

São cada vez mais frequentes as queixas de venezuelanos para conseguir, no mercado local, a farinha de milho, o café, açúcar, leite, manteiga, óleo, feijão e outros grãos, massa, arroz, entre outros produtos básicos, que quando chegam aos supermercados são vendidos sem chegar a ser colocados nas prateleiras.

São também cada vez mais frequentes e longitudinais as filas de pessoas junto dos supermercados, num país em que a inflação ronda os 200%.

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