O Instituto Nacional de Meteorologia (INAM) moçambicano alertou hoje para uma "vaga de calor" que vai afetar até quarta-feira três províncias do sul do país, incluindo Maputo, com os termómetros a atingirem 41 graus celsius.
O alerta emitido pelo INAM é válido até à noite de 27 de novembro e identifica como "áreas de risco" sete distritos da província de Maputo e as cidades de Matola e Maputo, bem como 14 distritos e a cidade de Xai-Xai, em Gaza, e cinco distritos de Inhambane.
Neste alerta, o INAM aponta a continuação de "tempo quente a muito quente e húmido", o que provocará uma "vaga de calor", com temperaturas "que poderão variar de 37 a 41 graus celsius" nos dias 26 e 27 de novembro.
"Adicionalmente, espera-se uma mudança do estado do tempo no final do dia 27 de novembro, caracterizado por ventos com rajadas fortes, chuvas e aguaceiros com trovoadas", lê-se no aviso do INAM.
"Face ao desconforto causado pelo tempo previsto, recomenda-se a tomada de medidas de precaução de segurança", sublinha ainda.
Moçambique é considerado um dos países mais severamente afetados pelas alterações climáticas no mundo, enfrentando ciclicamente cheias e ciclones tropicais durante a época chuvosa, que decorre entre outubro e abril.
O período chuvoso de 2018/2019 foi dos mais severos de que há memória em Moçambique: 714 pessoas morreram, incluindo 648 vítimas dos ciclones Idai e Kenneth, dois dos maiores de sempre a atingir o país.
Já no primeiro trimestre do ano passado, as chuvas intensas e a passagem do ciclone Freddy provocaram 306 mortos, afetaram no país mais de 1,3 milhões de pessoas, destruíram 236 mil casas e 3.200 salas de aula, segundo dados oficiais do Governo.