Suécia tornou-se no 32.º membro da NATO

por Inês Moreira Santos - RTP
Amanda Andrade-Rhoades - Reuters

A Aliança Atlântica anunciou a adesão da Suécia, país que se tornou 32.º membro da organização. O Governo sueco celebrou já esta como "uma vitória da liberdade", que torna o país "mais seguro". O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, confirmou a informação e classificou este momento como "histórico".

Fez-se história esta quinta-feira. A Suécia tornou-se oficialmente o 32º membro da NATO, depois de cumpridas todas as formalidades para a integração na organização militar, com a Hungria a depositar o protocolo de adesão em Washington.

O primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, declarou em Washington que a adesão da Suécia à NATO é “uma vitória da liberdade”. Já o chefe da diplomacia norte-americana destacou “um momento histórico” para a Aliança Atlântica.

A Suécia “fez uma escolha livre, democrática, soberana e unida para aderir à NATO", declarou o governante sueco, ao lado do secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, a quem entregou o instrumento de acesso à NATO, formalizando a entrada do seu país como 32.º membro da organização.

“Somos a partir de agora um país mais seguro”
, escreveu também o chefe de Governo sueco nas redes sociais.



Já Antony Blinken classificou este como "um momento histórico para a Suécia".

"É histórico para a aliança. É histórico para a relação transatlântica", afirmou. “A nossa aliança da NATO é agora mais forte e maior do que alguma vez foi".

O embaixador da Hungria nos Estados Unidos entregou ao Departamento de Estado em Washington os documentos oficiais de ratificação da adesão da Suécia à NATO, recentemente aprovada pelo parlamento húngaro, permitindo ao governo sueco apresentar ao chefe da diplomacia norte-americana o instrumento de acesso.

"Hoje dei instruções ao embaixador da nossa pátria em Washington para entregar o documento de ratificação, tendo a Hungria cumprido todas as suas tarefas para a adesão da Suécia à NATO", anunciou o ministro dos Negócios Estrangeiros húngaro, Péter Szijjártó.

O secretário-geral da Aliança Atlântica afirmou, entrentanto, que a adesão da Suécia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) torna a Aliança Atlântica "mais forte".

“É oficial, a Suécia é o 32.º Estado-membro da NATO e tem o seu devido lugar ao nosso lado. A adesão da Suécia faz com que a NATO seja mais forte, a Suécia mais segura, assim como toda a aliança”, escreveu Jens Stoltenberg, na rede social X (antigo Twitter).

"Estou ansioso para erguer a bandeira [da Suécia] no quartel-general [da NATO] na segunda-feira"
, adiantou.



Termina assim o que deveria ser um processo "expresso", mas que acabou por demorar 22 meses devido às reticências da Turquia e da Hungria sobre a adesão da Suécia. O primeiro-ministro sueco, Ulk Kristersson, e o ministro dos Negócios Estrangeiros sueco, Tobias Billström, deslocaram-se a Washington na quarta-feira para depositar o protocolo de adesão à NATO junto do Departamento de Estado.

Após esta etapa, que integra formalmente a Suécia como 32.º aliado da NATO, a cerimónia de hastear da bandeira sueca, a forma tradicional como os aliados acolhem os novos membros, está prevista para segunda-feira na sede da NATO em Bruxelas.

A Suécia junta-se aos vizinhos finlandeses, que aderiram à Aliança Atlântica em abril do ano passado, depois de ambos terem apresentado os pedidos de adesão em maio de 2022, poucos meses após a invasão da Ucrânia pela Rússia.

Ao fazê-lo, os dois países abandonaram a neutralidade militar de longa data, que era uma marca da política externa dos Estados nórdicos ao longo dos últimos dois séculos, em resposta direta à crescente ameaça que Moscovo representa para o panorama da segurança internacional, na sequência do seu ataque à Ucrânia.

É de realçar que a adesão da Suécia à NATO foi desencadeada pela invasão russa da Ucrânia e só conseguida após dois anos de intensas negociações.

C/agências
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