O ciclone afetou 181 mil pessoas nas províncias de Cabo Delgado, Niassa e Nampula, norte de Moçambique, segundo um novo balanço do Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD) divulgado hoje.
O maior número de óbitos ocorreu em Cabo Delgado, província de entrada do ciclone no domingo, com 38 mortes, seguida de Nampula, com quatro, e Niassa, com três.
Segundo o relatório preliminar das autoridades moçambicanas, com dados de até as 18:00 de terça-feira, pelo menos 493 pessoas ficaram feridas, uma está desaparecida e um total de 35.689 famílias foram afetadas, o correspondente a 181.554 pessoas.
A passagem do ciclone Chido causou ainda a destruição total e parcial de 36.207 casas, afetando também 48 unidades hospitalares, 13 casas de culto, 186 postes de energia, nove sistemas de água e 171 embarcações.
O INGD indica ainda que 149 escolas, 15.429 alunos e 224 professores foram afetados pelo mau tempo.
O ciclone tropical, que se formou em 05 de dezembro no sudoeste do oceano Índico, entrou no domingo pelo distrito de Mecúfi, na província de Cabo Delgado, com ventos que rondaram os 260 quilómetros por hora e chuvas fortes.
O Governo moçambicano anunciou que enviou equipas multissetoriais para as províncias de Cabo Delgado e Nampula, para dar assistência às populações afetadas pelo ciclone, que saiu do território moçambicano na terça-feira.
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) reconheceu que o ciclone Chido agravou as necessidades de populações no norte de Moçambique deslocadas pelo terrorismo, com 190 mil pessoas a precisarem de "apoio urgente".