Subianto visita China na primeira deslocação do seu mandato como PR indonésio

por Lusa

O Presidente indonésio, Prabowo Subianto, vai visitar a China esta semana, anunciou hoje Pequim, na primeira visita ao estrangeiro do seu mandato, numa altura em que pretende reforçar a posição internacional do seu país.

O antigo general, de 73 anos, vai realizar uma visita de Estado entre 08 e 10 de novembro, informou Hua Chunying, porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, em comunicado.

Prabowo Subianto, que tomou posse em 20 de outubro, prometeu prosseguir a política externa tradicionalmente não-alinhada de Jacarta. Ele pretende também tornar a quarta nação mais populosa do mundo mais visível na cena internacional.

A visita à China ocorre depois de a Indonésia e a Rússia terem iniciado os primeiros exercícios navais conjuntos na segunda-feira.

Pequim e Jacarta são parceiros económicos próximos. No entanto, as relações estão marcadas por disputas no mar do Sul da China. No mês passado, a Indonésia repeliu por três vezes um navio da guarda costeira chinesa em águas disputadas.

Os navios chineses entram por vezes em zonas reivindicadas pela Indonésia a norte do mar de Natuna, provocando protestos de Jacarta.

Por razões históricas, a China reivindica a maior parte das ilhotas e recifes do mar do Sul da China, apesar dos protestos dos países do Sudeste Asiático.

Estes incidentes entre Pequim e Jacarta são um primeiro teste para Prabowo Subianto, que se comprometeu a reforçar a defesa da Indonésia.

Em 2020, a Indonésia enviou caças e navios de guerra para patrulhar as águas ao largo das ilhas Natuna, depois de navios chineses terem entrado na zona.

Nas primeiras visitas ao estrangeiro desde que chegou ao poder, Prabowo Subianto também participa na cimeira da Cooperação Económica Ásia - Pacífico (APEC) no Peru e na cimeira do G20 no Brasil, de acordo com Jacarta.

O Presidente deverá ainda visitar os Estados Unidos e o Reino Unido, informou o jornal Kompas no mês passado, citando fontes do palácio presidencial.

Após a vitória eleitoral em fevereiro, Prabowo Subianto aproveitou o período de transição de oito meses na chefia do Estado para visitar cerca de dez países, incluindo a China.

Subianto pretende seguir uma política externa mais ativa do que a do antecessor, Joko Widodo, que se concentrou mais nas questões internas, nomeadamente na economia.

Desde há muito que Jacarta privilegia uma política externa neutra, recusando-se a tomar partido na guerra entre a Rússia e a Ucrânia ou a escolher entre a China e os Estados Unidos, duas grandes potências rivais.

Mas Prabowo Subianto apelou ao estreitamento das relações com Moscovo, apesar das pressões do Ocidente.

 

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