Um turista português de 30 anos morreu numa série de atentados a hotéis e Igrejas no Sri Lanka. É uma das 207 vítimas mortais contabilizadas pelas autoridades. O primeiro-ministro do Sri Lanka admite que haveria informação das secretas sobre um possível ataque, mas que ele não foi informado antecipadamente. Para Ranil Wickremesinghe, a prioridade agora é deter os atacantes. Treze pessoas já foram detidas.
“Foi uma torrente de sangue”, testemunhou um comerciante vizinho a uma das igrejas atacadas na capital Colombo, que se precipitou para o interior da Igreja para ajudar.
On a #Eastersunday "Father, forgive them, for they do not know what they do." A powerful image of the #risenchrist #EasterSundayAttacksLK pic.twitter.com/5W5b5VEVvC
— Raghu B (@JBRBALA) 21 de abril de 2019
Fontes policiais revelaram que as primeiras seis explosões ocorreram "quase em simultâneo" quando passava pouco das três da manhã em Portugal, eram 8h00 no Sri Lanka.
Serviços secretos avisados da iminência de atentados
Some intelligence officers were aware of this incidence. Therefore there was a delay in action. What my father heard was also from an intelligence officer. Serious action need to be taken as to why this warning was ignored. I was in Badulla last night pic.twitter.com/ssJyItJF1x
— Harin Fernando (@fernandoharin) 21 de abril de 2019
O primeiro-ministro Ranil Wickremsinghe reconheceu que havia “alguma informação prévia do ataque”, garantindo que ele próprio não tinha conhecimento desses dados. O responsável considerou que “não houve uma resposta adequada” e que havia necessidade de conduzir um inquérito sobre a forma como a informação foi usada.
“Devemos examinar as razões pelas quais as precauções adequadas não foram tomadas”, assegurou o primeiro-ministro.
Prime Minister @RW_UNP says there appears to have been prior information about a possible attack. He was also not kept informed and it is one of the issues that must be looked into. "For now the priority is to apprehend the attackers" pic.twitter.com/hdm7dJ5zDK
— Azzam Ameen (@AzzamAmeen) 21 de abril de 2019
Ainda assim, em conferência de imprensa, o primeiro-ministro considerou que a prioridade agora é “deter os terroristas”, pedindo ao mesmo tempo à comunicação social para não divulgar nomes, para evitar uma tensão entre comunidades. “Não deem aos extremistas uma voz. Não os ajudem a tornarem-se mártires”, continuou.