O número de feridos resultantes do sismo de hoje no Peru, com magnitude de 7,5, aumentou para quatro e o número de imóveis danificados para 867, segundo a mais recente informação divulgada pelo Centro de Operações de Emergência Nacional (COEN).
O sismo, ocorrido hoje de madrugada às 05:52 locais (10:52 em Lisboa), afetou 220 casas, 75 dos quais ficaram totalmente destruídas, além de sete igrejas e três centros de saúde.
Foram ainda referenciados 900 metros de estrada afetados por deslizamentos de terra e derrubes de troços, em diferentes pontos do país.
Algumas províncias ficaram sem abastecimento de eletricidade.
Os danos concentram-se em vários municípios da região da Amazónia peruana, no norte do país, perto do epicentro do sismo, registado a 98 quilómetros a leste da localidade de Santa María de Nieva, onde o terremoto foi sentido com uma intensidade muito forte.
A onda sísmica provocou ainda estragos em infraestruturas nas regiões vizinhas de Loreto, San Martín, Cajamarca e no interior do departamento de Lambayeque, anunciou a primeira-ministra peruana, Mirtha Vásquez, que logo a seguir ao sismo coordenou a avaliação de dados a partir das instalações do COEN.
O Presidente do Peru, Pedro Castillo, viajou para o município de La Jalca, na Amazónia, onde vive a população mais afetada pelo terramoto, com muitas construções derrubadas, entre elas a torre do campanário da igreja de Jalca Grande, um edifício da época colonial.
Dada a proximidade do epicentro do sismo com o Equador, também se registaram estragos materiais em casas nas regiões equatorianas de Zamora e Loja, com vários imóveis afetados e igualmente uma igreja colapsada.
O sismo teve origem a uma grande profundidade terrestre, 131 quilómetros, o que reduziu o seu poder de destruição à superfície, mas amplificou o alcance da onda sísmica gerada e que foi sentida na capital, Lima.
O Peru está situado no chamado Cinturão do Fogo do Pacífico, onde se regista aproximadamente 85% da atividade sísmica mundial.
