O balanço provisório do sismo que atingiu Marrocos na noite de sexta-feira subiu para 2.012 mortos e 2.059 feridos, dos quais 1.404 se encontram em estado grave, anunciou este domingo o Ministério do Interior do país. Os números deverão ir aumentando enquanto as missões de busca e resgate continuam.
"Perdi tudo", lamentou Lahcen, morador da aldeia de Moulay Brahim, no Alto Atlas, em declarações à Agence France Press. A mulher e quatro filhos deste homem morreram durante o desastre. "Não posso fazer nada agora, só quero fugir do mundo, chorar", declarou.
A Organização Mundial da Saúde avançou que mais de 300 mil pessoas foram afetadas pelo desastre.
Em Moulay Brahim, vila a cerca de 40 quilómetros de Marraquexe, grandes pedaços de um penhasco quebraram durante o sismo e caíram na estrada, bloqueando parcialmente o caminho que liga a cidade às montanhas do Alto Atlas.
"Ainda há muitas pessoas debaixo dos escombros. Há quem ainda procure os familiares", disse à agência Reuters Adeeni Mustafa, residente da área de Asni. "Há muitas estradas que estão fechadas".
"As próximas 24 a 48 horas serão críticas a nível do salvamento de vidas", declarou Caroline Holt, diretora de operações da Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, em comunicado.
Mais de uma centena de portugueses já regressaram
Entretanto, esta madrugada chegaram a Portugal 102 portugueses que estavam de férias em Marrocos na altura do sismo.
O avião da Força Aérea, um C-130, aterrou no Aeroporto de Figo Maduro dez minutos antes das cinco da manhã. Neste voo vieram os dois cidadãos nacionais que ficaram feridos durante o sismo, pai e filha.
“O avião da Força Aérea Portuguesa, que esta noite seguiu para Marraquexe para trazer os cidadãos portugueses que pediram ajuda para serem retirados de território marroquino, chegou de madrugada a Portugal, com 102 pessoas a bordo, incluindo os dois portugueses que estavam feridos”, adiantou o Ministério dos Negócios Estrangeiros em comunicado este domingo.
“Tratou-se de uma operação de retirada que, apesar das vicissitudes no terreno, decorreu de forma ordeira e pacífica”.
Segundo o MNE, “Portugal aguarda agora que as autoridades de Marrocos se manifestem para que seja operacionalizado o apoio já anunciado pelo Governo de português, designadamente o envio de equipas de busca e salvamentos ou de medicina legal”.
“O MNE continuará a acompanhar a situação, nomeadamente através do contacto com portugueses que permanecem na região mais afetada”, lê-se no comunicado.
“Tratou-se de uma operação de retirada que, apesar das vicissitudes no terreno, decorreu de forma ordeira e pacífica”.
Segundo o MNE, “Portugal aguarda agora que as autoridades de Marrocos se manifestem para que seja operacionalizado o apoio já anunciado pelo Governo de português, designadamente o envio de equipas de busca e salvamentos ou de medicina legal”.
“O MNE continuará a acompanhar a situação, nomeadamente através do contacto com portugueses que permanecem na região mais afetada”, lê-se no comunicado.
O tremor de terra, cujo epicentro se registou na localidade de Ighil, 63 quilómetros a sudoeste da cidade de Marraquexe, foi sentido em Portugal e Espanha, tendo atingido uma magnitude de 7,0 na escala de Richter, segundo o Instituto Nacional de Geofísica de Marrocos.
O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) registou a magnitude do sismo em 6,8.
O reino de Marrocos decretou três dias de luto nacional.
O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) registou a magnitude do sismo em 6,8.
O reino de Marrocos decretou três dias de luto nacional.
c/ agências