Pelo menos 14 combatentes, incluindo iranianos, morreram hoje num ataque aéreo a uma base militar no centro da Síria, anunciou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos.
A origem do ataque, direcionado ao aeroporto militar T-4, igualmente conhecido pelo nome de Tiyas, continua desconhecida, tendo os Estados Unidos da América (EUA) já rejeitado a responsabilidade.
"Forças russas, iranianas e do movimento libanês Hezbollah", aliados do regime de Bashar al-Assad, estão estacionadas nesta base, de acordo com aquele observatório citado pela France Presse.
Às primeiras horas da madrugada de hoje a agência oficial de notícias do país, SANA, anunciou a existência de mortos e feridos neste ataque, mas antes tinha reportado que as suspeitas recaíam sobre os EUA, o que foi negado pelo Pentágono.
Esta agência noticiosa adiantou que oito mísseis foram lançados contra as instalações militares.
Em 18 de fevereiro, aviões israelitas atacaram este mesmo aeroporto.
Então, a agência estatal da Síria identificou o "inimigo Israel" como o responsável do ataque durante o qual um avião foi atingido pelo sistema de defesa aérea, acrescenta a agência Efe.
Hoje, o exército israelita recusou comentar se os seus aviões estão envolvidos neste ataque, na província de Homs.
"Declinamos comentar", respondeu um porta-voz militar à Efe.
O atentado à infraestrutura militar ocorreu depois de o Presidente norte-americano ter condenado o alegado ataque químico à cidade de Douma, em Ghouta Oriental, perto de Damasco, que fez no sábado dezenas de vítimas.
Os Capacetes Brancos, socorristas em zonas rebeldes, um grupo rebelde e a oposição no exílio acusaram o regime sírio de ser o autor do ataque.
"A zona das atrocidades está confinada e cercada pelo exército sírio, tornando-a completamente inacessível ao resto do mundo. O Presidente Putin, a Rússia e o Irão são responsáveis pelo seu apoio ao animal Assad. É preciso pagar um preço alto", disse no domingo o Presidente norte-americano, Donald Trump, sem precisar quem tem de pagar, o preço e que preço será esse.
O Governo sírio e os seus apoiantes, nomeadamente a Rússia e o Irão, desmentiram a responsabilidade das forças governamentais neste suposto ataque químico.
Entretanto, os presidentes dos EUA e da França, Emmanuel Macron, abordaram o assunto telefonicamente e "decidiram coordenar as suas ações e iniciativas no seio do Conselho de Segurança das Nações Unidas" que deverá reunir-se hoje em Nova Iorque.