Sinistralidade em queda em Moçambique mas com duas mortes por dia nas estradas

por Lusa

O número de óbitos em acidentes de viação em Moçambique caiu 5% no primeiro semestre, face ao mesmo período de 2023, mas ainda há, em média, dois mortos por dia nas estradas moçambicanas, indicam dados oficiais.

De acordo com um relatório do Ministério dos Transportes e Comunicações, consultado hoje pela Lusa, registaram-se 310 acidentes de viação nos primeiros seis meses do ano, contra 357 no mesmo período do ano passado, uma redução de 13%.

Estes acidentes causaram 366 mortos contra 387 em 2023 (-5%), e 271 feridos graves, menos 8% em termos homólogos.

"A sinistralidade rodoviária continua muito crítica, embora se tenha estabilizado em relação ao ano passado", lê-se no relatório, sublinhando igualmente que os "motociclos e velocípedes estão escalando os índices de sinistralidade no país".

Além disso, a "velocidade continua a ser a maior causa dos acidentes, encabeçando a lista do comportamento humano", enquanto "causa principal".

"É urgente o controlo intensivo da velocidade usando cada vez mais soluções tecnológicas mais avançadas. Esforços devem ser envidados para melhorar a qualidade da fiscalização rodoviária", aponta o documento.

Em todo ano passado, as estradas moçambicanas registaram 668 acidentes de viação, um número em queda, tendo em conta os 838 contabilizados em 2022 e os 942 em 2021.

Nos primeiros seis meses deste ano, as estradas da província de Inhambane e Gaza (sul) foram as mais mortíferas, com 55 e 46 mortos, respetivamente, seguidas de Nampula (45), no norte, e da cidade de Maputo (43).

Os atropelamentos lideraram os acidentes de viação, de janeiro a junho (36%), seguidos de despistes e capotamentos (29%).

Na passada sexta-feira, oito pessoas morreram, incluindo cinco atletas de um clube de râguebi de Inhambane e dois técnicos, num acidente de viação em Maputo, alegadamente provocado pelo excesso de velocidade de uma das viaturas, publicamente lamentado pelo Presidente moçambicano, Filipe Nyusi.

"Quero reafirmar o apelo para a observância das regras de segurança rodoviária, pois não podemos continuar a perder vidas em circunstâncias que podem ser evitadas", afirmou o chefe de Estado, sobre aquele acidente.

 

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