Seul, Tóquio e Washington atentas à situação nuclear na Coreia do Norte

por Mário Aleixo - RTP
Pyongyang já avisou que está a preparar novos testes de armas nucleares Heo Ran - Reuters

Representantes da Coreia do Sul, Japão e Estados Unidos salientaram a importância da cooperação a três na questão do programa nuclear norte-coreano, na primeira reunião tripartida desde que o novo presidente dos EUA tomou posse.

O assunto foi discutido durante uma reunião por vídeochamada em que participaram o responsável pelas negociações nucleares sul-coreano, Noh Kyu-duk, o diretor-geral do Ministério dos Negócios Estrangeiros japonês para a Ásia e Oceânia, Takehiro Funakoshi, e o secretário de Estado adjunto dos EUA para a Ásia Oriental e o Pacífico, Sung Kim.

Durante a reunião, os três abordaram "a recente situação na península coreana e concordaram em cooperar estreitamente (...) para alcançar uma desnuclearização completa e uma paz duradoura na península", de acordo com um comunicado divulgado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros da Coreia do Sul.

"A Administração Biden está empenhada em reforçar as alianças dos EUA, especialmente com os nossos principais aliados do nordeste asiático, Japão e a República da Coreia (nome oficial da Coreia do Sul)", acrescentou Washington num texto publicado pelo Departamento de Estado.

O diálogo sobre a desnuclearização com a Coreia do Norte está paralisado desde a cimeira de Hanói, em fevereiro de 2019, após os Estados Unidos recusarem suspender as sanções, por considerarem a oferta de desarmamento do regime norte-coreano insuficiente.

Após o fracasso do executivo do ex-presidente Donald Trump em resolver o conflito, o líder norte-coreano, Kim Jong-un, recentemente instou o novo governo do presidente, Joe Biden, a propor novas alternativas para retomar o diálogo, alertando que Pyongyang está a preparar novos testes de armas.

Os Estados Unidos e a Coreia do Sul, sempre aliados, mantêm contacto próximo desde que Biden assumiu o poder em janeiro, mas ainda não divulgaram novidades sobre o processo de diálogo com a Coreia do Norte, nem enviaram mensagens conjuntas, pelo menos publicamente, ao regime de Pyongyang.

c/agências
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