Sete arguidos condenados a 30 anos de cadeia cada por morte de seis guardas no centro de Moçambique
O Tribunal Judicial da Província de Sofala, centro de Moçambique, condenou na quinta-feira sete arguidos a 30 anos de prisão, cada, pelo homicídio de seis guardas e roubo, entre novembro de 2020 e maio de 2021.
"Se a lei permitisse aplicar pena mais alta que esta, não hesitaríamos, tendo em conta a gravidade dos crimes cometidos pelos condenados", afirmou o juiz que julgou o caso, Martinho Machiguere, numa sentença hoje noticiada pelo diário Notícias.
Machiguere condenou ainda os sete arguidos ao pagamento de uma indemnização conjunta no valor de quatro milhões de meticais (56 mil euros) a favor dos ofendidos e familiares das vítimas.
"A indemnização arbitrada será repartida ao meio a favor dos ofendidos e familiares das vítimas", assinalou o magistrado.
O tribunal considerou provado que os arguidos mataram quatro guardas durante um assalto à residência de um empresário português, no dia 12 de novembro de 2020, na cidade da Beira, capital de Sofala, com recurso a machados, catanas, ferro e uma caçadeira.
No dia 26 novembro de 2020, o grupo matou um guarda e feriu um outro, num roubo a uma fábrica de blocos de construção de um cidadão chinês, também na Beira.
No dia 23 de maio de 2021, os arguidos tiraram a vida a um guarda durante um assalto a um estabelecimento comercial naquela cidade.
Quatro dos sete arguidos confessaram a sua participação nos crimes, durante a instrução preparatória, tendo implicado outros três, observou o juiz.
Durante a leitura da sentença, o juiz observou que após a detenção dos membros do bando, a cidade da Beira passou a conhecer momentos de alguma tranquilidade.
Oito arguidos foram absolvidos do caso.