Em informação, divulgada na página oficial do Governo timorense, o diretor-geral do Serviço Nacional de Inteligência timorense, Longuinhos Monteiro, salientou que o encontro juntou "duas poderosas comunidades de inteligência, num fórum que reflete a relevância geopolítica de Timor-Leste e a sua crescente responsabilidade na segurança regional e global".

"Neste contexto, Timor-Leste aproveita esta oportunidade da presidência do Fórum para atuar como elo de ligação entre a CPLP e a ASEAN, permitindo uma abordagem mais integrada e eficaz aos desafios contemporâneos", disse Longuinhos Monteiro.

"Representamos hoje, coletivamente, 19 países de vários continentes, reafirmando o nosso compromisso coletivo com a segurança, a estabilidade e o progresso global", acrescentou o responsável pela "secreta" timorense.

Longuinhos Monteiro destacou também que a "cooperação CPLP-ASEAN pode criar impactos positivos em áreas-chave, como a segurança marítima, a proteção de infraestruturas críticas e o combate a ameaças híbridas".

Presente na cerimónia de abertura do fórum, o primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmão, disse que o encontro "reflete o compromisso na construção de uma rede sólida de cooperação entre os países da CPLP e da ASEAN, para enfrentar os desafios globais, que marcam a atualidade".

"A informação fidedigna, clara e consistente nunca foi tão importante como o é atualmente", afirmou Xanana Gusmão.

"A parceria entre a CPLP e a ASEAN pode constituir um vetor essencial para responder aos desafios da segurança internacional, nomeadamente no combate ao crime organizado transnacional, ao terrorismo e às novas ameaças digitais", acrescentou. 

O fórum, dedicado ao tema "A Cooperação em Inteligência e Segurança da CPLP: Desafios e Oportunidades num Mundo em Transformação", vai decorrer até quarta-feira.

Na reunião plenária do último dia, será feita a passagem da presidência do Fórum dos Serviços de Informação e de Inteligência de Timor-Leste para Angola.

São membros da CPLP Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.