Senado dos EUA quer limitar poder de decisão de Trump quanto ao Irão
O Senado norte-americano aprovou esta quinta-feira uma proposta que pretende limitar a autoridade de Donald Trump no que diz respeito ao lançamento de operações militares contra o Irão. Oito republicanos apoiaram a medida, que obteve um total de 55 votos a favor e 45 contra.
A proposta, da autoria do senador democrata Tim Kaine, determina que o presidente dos Estados Unidos passa a necessitar da aprovação do Congresso antes de poder iniciar ações militares contra Teerão.
Kaine deixou claro que a proposta não representa um ataque contra Donald Trump ou contra a presidência, sendo em vez disso uma importante reafirmação do poder do Congresso no que toca a declarar guerra.
“Apesar de Trump e outros presidentes deverem sempre ter a capacidade de defender os Estados Unidos de ataques iminentes, o poder executivo de iniciar guerras termina aí”, explicou o democrata. “Uma guerra ofensiva requer um debate e uma votação no Congresso”.
A proposta aprovada no Senado terá ainda de passar pela Câmara dos Representantes, de maioria democrata, o que poderá acontecer já no final deste mês. No entanto, é expectável que Donald Trump exerça o seu poder de veto caso veja a medida aprovada.
“Sinal de fraqueza”
O presidente norte-americano já defendeu que a aplicação desta medida seria vista pelo Irão e outros adversários como um sinal de fraqueza, algo que o autor da proposta negou. “Quando impomos leis (…) que são necessárias para que se tomem boas decisões, essa é uma mensagem de força”, contrapôs.
“Se vamos enviar para a guerra os nossos jovens homens e mulheres para arriscarem as próprias vidas, isso deve ser feito com base em deliberações cuidadosas por parte de legisladores eleitos pelo povo e não com base na ordem de uma única pessoa”, clarificou Kaine.
Até alguns dos membros republicanos do Senado apoiaram esta proposta. O senador Mike Lee foi um deles, tendo defendido que o Congresso não pode escapar à responsabilidade constitucional de agir em matérias de guerra e paz.
No Twitter, Donald Trump tinha referido na quarta-feira a importância de votar contra a proposta de Kaine para garantir a segurança nacional, dando como exemplo a morte do general iraniano Qassem Soleimani, que o Presidente mandou abater no início deste ano.
“Estamos a lidar muito bem com o Irão e este não é o momento de mostrar fraqueza. Os americanos apoiam imensamente o nosso ataque contra o terrorista Soleimani”, escreveu. “Se as minhas mãos estiverem atadas, os iranianos passam a ter uma oportunidade de ser bem-sucedidos”.
Para Trump, a aprovação da proposta “enviaria um muito mau sinal”. “Os democratas apenas estão a fazer isto para tentar envergonhar o Partido Republicano. Não deixem que isso aconteça!”, apelou o líder dos Estados Unidos.
Kaine deixou claro que a proposta não representa um ataque contra Donald Trump ou contra a presidência, sendo em vez disso uma importante reafirmação do poder do Congresso no que toca a declarar guerra.
“Apesar de Trump e outros presidentes deverem sempre ter a capacidade de defender os Estados Unidos de ataques iminentes, o poder executivo de iniciar guerras termina aí”, explicou o democrata. “Uma guerra ofensiva requer um debate e uma votação no Congresso”.
A proposta aprovada no Senado terá ainda de passar pela Câmara dos Representantes, de maioria democrata, o que poderá acontecer já no final deste mês. No entanto, é expectável que Donald Trump exerça o seu poder de veto caso veja a medida aprovada.
“Sinal de fraqueza”
O presidente norte-americano já defendeu que a aplicação desta medida seria vista pelo Irão e outros adversários como um sinal de fraqueza, algo que o autor da proposta negou. “Quando impomos leis (…) que são necessárias para que se tomem boas decisões, essa é uma mensagem de força”, contrapôs.
“Se vamos enviar para a guerra os nossos jovens homens e mulheres para arriscarem as próprias vidas, isso deve ser feito com base em deliberações cuidadosas por parte de legisladores eleitos pelo povo e não com base na ordem de uma única pessoa”, clarificou Kaine.
Até alguns dos membros republicanos do Senado apoiaram esta proposta. O senador Mike Lee foi um deles, tendo defendido que o Congresso não pode escapar à responsabilidade constitucional de agir em matérias de guerra e paz.
No Twitter, Donald Trump tinha referido na quarta-feira a importância de votar contra a proposta de Kaine para garantir a segurança nacional, dando como exemplo a morte do general iraniano Qassem Soleimani, que o Presidente mandou abater no início deste ano.
It is very important for our Country’s SECURITY that the United States Senate not vote for the Iran War Powers Resolution. We are doing very well with Iran and this is not the time to show weakness. Americans overwhelmingly support our attack on terrorist Soleimani....
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) February 12, 2020
“Estamos a lidar muito bem com o Irão e este não é o momento de mostrar fraqueza. Os americanos apoiam imensamente o nosso ataque contra o terrorista Soleimani”, escreveu. “Se as minhas mãos estiverem atadas, os iranianos passam a ter uma oportunidade de ser bem-sucedidos”.
Para Trump, a aprovação da proposta “enviaria um muito mau sinal”. “Os democratas apenas estão a fazer isto para tentar envergonhar o Partido Republicano. Não deixem que isso aconteça!”, apelou o líder dos Estados Unidos.