O Senado dos Estados Unidos aprovou a proibição da aplicação TikTok nos dispositivos oficiais de funcionários do governo federal, embora a norma precise da "luz verde" da Câmara dos Representantes para se tornar lei.
A votação, realizada na quarta-feira, surgiu depois de vários legisladores, tanto democratas como republicanos, considerarem que os dados recolhidos pela popular aplicação de vídeos curtos podem chegar às mãos do governo chinês.
O TikTok, da empresa chinesa ByteDance, garantiu, em várias ocasiões, que não partilha dados dos utilizadores com as autoridades de Pequim.
A norma, aprovada por voto oral na câmara alta do Congresso norte-americano, impede descarregar a aplicação em qualquer dispositivo utilizado para fins laborais por servidores do Governo federal.
Vários estados norte-americanos, como Texas, Alabama ou Tennessee, já fizeram o mesmo a nível estadual, enquanto outros, como o Indiana, entraram com ações judiciais contra a ByteDance, por alegadamente permitir a espionagem chinesa.
Em 2019, e como parte de uma estratégia para aumentar a pressão sobre a China, o então presidente Donald Trump fez um ultimato ao TikTok para transferir as operações para empresas norte-americanas, caso não quisesse ser banido do país. Isto acabou por não acontecer e a empresa continua a ser propriedade chinesa.
O TikTok tem mais de 100 milhões de utilizadores nos Estados Unidos e, em pouco tempo, tornou-se numa das redes sociais mais populares do mundo, principalmente entre os adolescentes.