Num discurso perante as Nações Unidas, em Nova Iorque, Volodymyr Zelensky acusou Vladimir Putin de estar a planear ataques às centrais nucleares na Ucrânia, advertindo contra um desastre nuclear. O presidente ucraniano recusou qualquer plano de paz que seja "imposto" a Kiev, alegando que isso daria ao líder russo espaço político para continuar a guerra e pediu apoio "a todas as nações do mundo".
Na proposta de "fórmula de paz", Zelensky destacou "como primeiro ponto a segurança nuclear”
Telejornal, 25 de setembro de 2024
“A maior parte do mundo compreende o que está em jogo. A Assembleia Geral da ONU exigiu que a Rússia devolvesse a central nuclear de Zaporizhia à Ucrânia para garantir segurança nuclear para a Europa e para o mundo”, continuou.
Segundo Zelensky, como Moscovo não está a conseguir alcançar os objetivos com a ofensiva na Ucrânia, “Putin está a procurar outras formas de quebrar o espírito ucraniano", como "atacar as infraestruturas energéticas”.
"É assim que Putin está a preparar o inverno, esperando atormentar milhões de ucranianos. (...) Putin quer deixá-los nas trevas e chamar a isso de 'inverno'".
"A Ucrânia quer, mais do que ninguém no mundo, acabar com esta guerra".
"A Ucrânia quer, mais do que ninguém no mundo, acabar com esta guerra".
O líder ucraniano acusou Moscovo de vigiar as centrais “com a ajuda de satélites - já agora - de outros países” e deixou um aviso: “Qualquer míssil ou ataque de ‘drone’ sobre o sistema energético pode conduzir a um desastre nuclear”.
“Um dia como este nunca poderá chegar e Moscovo tem de entender isto”, salientou.
Tal “depende em parte da vossa determinação em pressionar o agressor”, disse, dirigindo-se aos membros da Assembleia-Geral.
“Um dia como este nunca poderá chegar e Moscovo tem de entender isto”, salientou.
Tal “depende em parte da vossa determinação em pressionar o agressor”, disse, dirigindo-se aos membros da Assembleia-Geral.
"Esta guerra representa uma ameaça para muitos".
"Paz verdadeira e justa"
O líder ucraniano recusou qualquer plano de paz que seja "imposto" a Kiev, questionando "qual é o verdadeiro interesse" de países como Brasil e China, que se "juntam a coros de vozes, com europeus e africanos" a propor "algo alternativo a uma paz total e justa".
"A Rússia encontrou apoiantes, nomeadamente a Coreia do Norte e o Irão", acrescentou.
A esses países, lançou uma mensagem: "Não vão aumentar o vosso poder à custa da Ucrânia".
Segundo Zelensky, o que a "Rússia mais odeia" é nações independentes e em paz, "que não consegue controlar" e é por isso, continuou, "que a Rússia diz que esta fórmula de paz não lhe agrada".
"Temos que restaurar a segurança nuclear, a energia tem de deixar de ser usada como uma arma, temos de assegurar a segurança alimentar, temos de trazer para casa todos os nossos civis e militares capturados. Temos de fazer valer a Carta das Nações Unidas".
E frisou: "Temos de obrigar as forças russas a retirar tropas da Ucrânia (...) e responsabilizar todos os acusados de crimes de guerra".
"Não podemos permitir uma nova fase desta guerra", declarou. "Esta é a fórmula para a paz".
O chefe de Governo ucraniano insistiu que Kiev não aceitaria planos de paz que fossem impostos ao país, porque "os ucranianos nunca irão aceitar que alguém pense que o passado colonial nos pode ser imposto".
"Quero isso para o meu povo: uma paz verdadeira e justa. E peço o apoio de todas as nações do mundo", apelou.
"Não vamos dividir o mundo, mantenhamo-nos unidos. Sejamos as Nações Unidas".
"A Rússia encontrou apoiantes, nomeadamente a Coreia do Norte e o Irão", acrescentou.
A esses países, lançou uma mensagem: "Não vão aumentar o vosso poder à custa da Ucrânia".
Segundo Zelensky, o que a "Rússia mais odeia" é nações independentes e em paz, "que não consegue controlar" e é por isso, continuou, "que a Rússia diz que esta fórmula de paz não lhe agrada".
"Temos que restaurar a segurança nuclear, a energia tem de deixar de ser usada como uma arma, temos de assegurar a segurança alimentar, temos de trazer para casa todos os nossos civis e militares capturados. Temos de fazer valer a Carta das Nações Unidas".
E frisou: "Temos de obrigar as forças russas a retirar tropas da Ucrânia (...) e responsabilizar todos os acusados de crimes de guerra".
"Não podemos permitir uma nova fase desta guerra", declarou. "Esta é a fórmula para a paz".
O chefe de Governo ucraniano insistiu que Kiev não aceitaria planos de paz que fossem impostos ao país, porque "os ucranianos nunca irão aceitar que alguém pense que o passado colonial nos pode ser imposto".
"Quero isso para o meu povo: uma paz verdadeira e justa. E peço o apoio de todas as nações do mundo", apelou.
"Não vamos dividir o mundo, mantenhamo-nos unidos. Sejamos as Nações Unidas".