A justiça iraniana condenou seis homens à morte pelo assassínio, em 2022, de um membro das forças de segurança durante a vaga de protestos no Irão, noticiaram os meios de comunicação social locais.
A agência noticiosa local Fars informou que seis pessoas tinham sido condenadas à morte pelo homicídio de Arman Aliverdi, citando o advogado de um dos arguidos.
Arman Aliverdi foi apresentado pelos meios de comunicação social iranianos como membro da milícia Bassidj. Morreu aos 21 anos devido aos ferimentos sofridos quando foi esfaqueado em Teerão durante as manifestações de novembro de 2022.
O veredicto contra os seis arguidos pode ser objeto de recurso, declarou Babak Paknia, advogado de um dos arguidos, na rede social X.
Em 2022, a morte, sob custódia policial, da jovem Mahsa Amini, detida por não ter respeitado o rigoroso código de vestuário imposto às mulheres no Irão, causou grande agitação e desencadeou um enorme movimento de protesto.
As autoridades descreveram as manifestações, em que morreram centenas de pessoas e milhares foram detidas, como "motins" orquestrados por países ocidentais.
Nos últimos meses, o Irão condenou várias pessoas à morte pelo seu alegado envolvimento nos protestos de 2022 e pelo assassínio de membros das forças de segurança.
Em agosto, Gholamreza Rasaï foi executado pela morte, durante as manifestações, de um elemento da Guarda Revolucionária, o exército ideológico responsável pela proteção do regime político.
Dez pessoas foram executadas pelo seu alegado envolvimento na violência mortal durante a onda de protestos.
O Irão é o segundo país do mundo que mais aplica a pena capital, a seguir à China, de acordo com grupos de defesa dos direitos humanos, incluindo a Amnistia Internacional.