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Reportagem

Segunda volta das legislativas. O filme da noite eleitoral em França

por Mariana Ribeiro Soares, Carlos Santos Neves - RTP

Os franceses voltaram às urnas este domingo para a segunda volta das eleições legislativas. E deram a vitória à Nova Frente Popular, bloco de partidos de esquerda, embora sem uma maioria absoluta. Ao contrário do que vaticinavam as sondagens, o Rassemblement National, de extrema-direta, foi batido. Acompanhámos aqui, ao minuto, todos os desenvolvimentos da decisiva noite das legislativas em França.

O coração de Paris encheu-se de apoiantes da aliança de esquerda uma vez anunciadas as projeções António Antunes - RTP

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por Carlos Santos Neves - RTP

Macron "deve curvar-se". Esquerda aliada bate extrema-direita aquém da maioria absoluta

Festejos em Marselha, no sul de França, face à vitória da Nova Frente Popular nas legislativas Teresa Suarez - EPA

À segunda volta, os eleitores franceses confirmaram o prognóstico, nas derradeiras sondagens, de ausência de maioria absoluta. Mas não o de uma vitória do Rassemblement National, a formação de extrema-direita de Marine Le Pen e Jordan Bardella. Ao início da noite de domingo, perante as projeções que o remetiam para um terceiro lugar, este último queixava-se de “alianças desonrosas”. Já Jean-Luc Mélenchon, rosto da Nova Frente Popular, vencedora das legislativas, apontou ao Eliseu: Macron tem agora “o dever” de chamar esta coligação “a governar”.

Contenção de danos. Foi esta a palavra de ordem no quartel-general do Rassemblement National, logo que as projeções de resultados relegaram o partido da extrema-direita para um inesperado terceiro lugar, uma semana depois de uma primeira volta que parecia prometer um triunfo.

O presidente do partido, Jordan Bardella, começou por agradecer aos eleitores pelo que descreveu como uma “onda patriótica”. Apressou-se, todavia, a apontar o dedo a “alianças desonrosas” à esquerda.
”Infelizmente, alianças desonrosas estão esta noite a privar a política francesa de uma recuperação. Esta noite, os acordos eleitorais estão a atirar a França para os braços da extrema-esquerda de Jean Luc Mélenchon”, reagiu o candidato da direita radical.

“Apesar de uma campanha de segunda volta marcada por alianças contranatura, que procuraram de todas as maneiras impedir os franceses de escolher livremente uma política diferente, o Rassemblement National realizou hoje o avanço mais importante de toda a sua história”, quis ainda propugnar Jordan Bardella no pavilhão de Chesnaye du Roi, no sudeste de Paris.

“Tendo em conta a política que vai ser aplicada nos próximos meses e que não vai responder a nenhuma das preocupações dos franceses, o Rassemblement National incarna a única alternância perante o partido único”, estimaria.

Depois foi a vez de Marine Le Pen. A figura de proa do Rassemblement abeirou-se dos jornalistas, arrebatando um microfone da TF1, para exclamar: “A nossa vitória fica apenas adiada”.

Le Pen tratou de agitar a ideia de que o seu é “o primeiro” partido em França: “A maré está a subir. Ela não subiu assim tão alto desta vez, mas ela continua a subir e, consequentemente, a nossa vitória é apenas adiada. Tenho demasiada experiência para ficar desiludida por um resultado em que duplicamos o nosso número de deputados”.
Emmanuel Macron, “deve curvar-se”
Já com um mar de apoiantes da Nova Frente Popular a afluir à Praça da República, no coração de Paris, antes mesmo de o Rassemblement National reagir, Jean-Luc Mélenchon, líder do partido de extrema-esquerda França Insubmissa, contraforte do bloco da Nova Frente Popular, orientava baterias para o Palácio do Eliseu.

Emmanuel Macron, lançava Mélenchon, “deve curvar-se e admitir a sua derrota sem tentar contorná-la” e encarregar a Nova Frente Popular de formar governo.
“A derrota do presidente está claramente confirmada”, clamou. “O presidente tem o dever de chamar a Nova Frente Popular a governar", reiterou, para acrescentar que também o primeiro-ministro deveria “sair”.
…e Attal abriu a porta de saída

Numa intervenção ao país, Gabriel Attal anunciou que tenciona apresentar já esta segunda-feira a sua demissão do cargo de primeiro-ministro ao presidente da República. Tratou de garantir, ainda assim, estar preparado para assegurar a gestão corrente enquanto não for nomeado um novo chefe de governo.
“Esta dissolução não a escolhi”, atalhou o governante francês.
“Esta noite, nenhuma maioria absoluta pôde ser obtida pelos extremos”, assinalou Attal, para frisar, adiante, que “ser primeiro-ministro” foi “a honra” da sua vida.

“Assim, fiel à tradição republicana, entregarei amanhã a minha demissão ao presidente da República. Assumirei, evidentemente, as minhas funções enquanto o dever o exigir”.

“Esta noite começa uma nova era”, rematou, acrescentando que o destino de França se decide “como nunca no Parlamento”.
Os números
Os relógios em França marcavam as 20h00 (19h00 em Lisboa) quando os meios de comunicação social do país começaram a divulgar as projeções de resultados: a Nova Frente Popular ficava à cabeça da segunda volta com a eleição de 172 a 192 deputados à Assembleia Nacional – sem alcançar uma maioria absoluta, cujo limiar é de 289 assentos no hemiciclo.

Num volte-face relativamente à primeira volta, o Rassemblement National, de extrema-direita, surgia em terceiro lugar com 132 a 152 deputados eleitos.Quando estavam definidos 552 dos 577 assentos no Parlamento francês, a Nova Frente Popular garantia a eleição de 176 deputados, o campo presidencial Ensemble elegia 154 e o Rassemblement National 140.


Em detalhe, à esquerda, as projeções atribuíam entre 68 a 74 assentos à França Insubmissa, entre 63 e 69 ao PSF e entre 32 e 36 aos Ecologistas.

No campo presidencial, a Renascença deveria obter entre 95 a 105 assentos, o MoDem 31 a 37 e o Horizons entre 24 a 28.

E no que toca ao domínio do Rassemblement National, os números apontavam para a eleição de 120 a 136 deputados deste partido e de 12 a 16 deputados por parte da fação aliada dos Republicanos.

Os Republicanos obteriam entre 57 a 67 assentos.

De acordo com o resultados finais, a Nova Frente Popular obteve 182 lugares no parlamento de 577 lugares, a aliança de centro do presidente Macron obteve 158 lugares e o Rassemblement National e os seus aliados, obtiveram apenas 143 lugares. Já os Republicanos e outros partidos de direita confirmaram os 67 lugares.
“Prudência”
Pouco depois da divulgação das projeções, em comunicado, o Palácio do Eliseu vinha deixar claro que o presidente iria aguardar a “estruturação” do Parlamento, no seguimento do escrutínio, antes de “tomar as decisões necessárias”. O que, na prática, poderá empurrar uma clarificação para o próximo dia 18 de julho.

Indicava ainda o Eliseu que Emmanuel Macron optaria por uma postura de “prudência” face à distribuição de forças emanada do processo eleitoral.
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Confrontos perto da Praça da República
por RTP

Há notícia de momentos de tensão no centro de Paris

Foto: António Antunes - RTP

A edição online do jornal francês Le Figaro noticia cargas polícias a leste da Praça da República, em Paris. Terá sido detida uma pessoa e as forças de segurança recorreram a gás lacrimogéneo.


Imagens transmitidas pelas televisões do país mostraram uma desmobilização em massa naquela praça.
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por RTP

Vitória da esquerda. Franceses festejam na Praça da República

Milhares de franceses festejam na Praça da República a vitória da esquerda e a derrota da extrema-direita nas legislativas. Os festejos estão a ser acompanhados por um forte dispositivo de segurança.

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por RTP

"Deceção em Moscovo". Primeiro-ministro Polaco "feliz" com derrota da extrema-direita francesa

“Entusiasmo em Paris, deceção em Moscovo, alívio em Kiev. O suficiente para estarmos felizes em Varsóvia”, escreveu Donald Tusk na rede social X.

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Marine Le Pen pronuncia-se
por RTP

Figura de proa da extrema-direita francesa faz contenção de danos

Foto: Christophe Petit Tesson - EPA

"A nossa vitória fica apenas adiada", reagiu Le Pen na seguência do discurso do presidente do Rassemblement National, Jordan Bardella.

Em declarações emitidas pela TF1, Marine Le Pen quis sublinhar que o seu é "o primeiro" partido em França: "A maré está a subir. Ela não subiu assim tão alto desta vez, mas ela continua a subir e, consequentemente, a nossa vitória é apenas adiada. Tenho demasiada experiência para ficar desiludida por um resultado em que duplicamos o nosso número de deputados".
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por RTP

"Explosão de alegria". Nova Frente Popular festeja vitória inesperada

O ambiente é de festa na sede da Nova Frente Popular (NFP), que venceu a segunda volta das legislativas francesas. Pedro Zambujo, enviado da RTP a França, descreve o momento em que foram conhecidos os resultados das projeções como uma "explosão de alegria" por parte dos apoiantes da NFP.

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por RTP

França. Legislativas foram as mais participadas dos últimos 43 anos

Estas legislativas em França foram as mais participadas dos últimos 43 anos. Mas o eleitores temem um cenário de ingovernabilidade.

As montras das lojas nos Campos Elísios em Paris, mas também noutras cidades, foram protegidas perante o risco de manifestações esta noite.
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por RTP

Marcelo sobre eleições francesas: "O que o povo decide está bem decidido"

Foto: Nuno Veiga - Lusa

O presidente da República diz que "o que o povo decide, está bem decidido". Marcelo Rebelo de Sousa remeteu para mais tarde uma reação aos resultados em França.

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Mariana Mortágua reage
por RTP

Coordenadora do BE assinala que "a esquerda derrotou a extrema-direita"

"O povo francês mostrou que a escolha não é entre o centrão neoliberal e a extrema-direita. A vitória da esquerda, liderada pela França Insubmissa, abre caminho a um projeto radicalmente social e ecologista. A esperança ganha força na Europa", escreve Mariana Mortágua na rede social X.
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André Ventura reage
por RTP

Líder do Chega antevê "uma verdadeira derrocada para a Europa"

Na rede social X, André Ventura descreve os números que chegam do escrutínio francês como "desastre para a economia, tragédia na imigração e mau no combate à corrupção".

"Se se confirmarem estes resultados em França é uma verdadeira derrocada para a Europa!", exclama.
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Attal prepara-se para sair de cena
por RTP

Primeiro-ministro francês apresenta demissão na segunda-feira

Numa intervenção ao país, Gabriel Attal anunciou que tenciona apresentar na segunda-feira a sua demissão do cargo de primeiro-ministro ao presidente da República, Emmanuel Macron. Afirmou, ainda assim, estar preparado para assegurar a gestão corrente enquanto não for nomeado um novo chefe de governo.

“Esta dissolução não a escolhi”, disse o governante francês.

“Esta noite, nenhuma maioria absoluta pôde ser obtida pelos extremos, assinalou ainda Attal, para frisar, adiante, que “ser primeiro-ministro” foi “a honra” da sua vida.


“Assim, fiel à tradição republicana, entregarei amanhã a minha demissão ao presidente da República. Assumirei, evidentemente, as minhas funções enquanto o dever o exigir”.

“Esta noite começa uma nova era”, rematou, acrescentando que o destino de França se decide “como nunca no Parlamento”.
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"Derrota da maioria"
por RTP

O discurso de François Hollande

O socialista François Hollande, antigo presidente da República, que venceu na primeira circunscrição de Corrèze com 43,29 por cento dos votos, saúda a vitória da Nova Frente Popular, não apenas sobre a extrema-direita mas também por causa da "derrota da maioria" no poder.

O resultado da aliança de esquerda, aponta Hollande, "é uma satisfação mas também uma responsabilidade".
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O que sai do Eliseu
por RTP

Macron aguarda "estruturação" da nova Assembleia Nacional

Em comunicado, o Palácio do Eliseu afirma que o presidente francês vai esperar a "estruturação" do Parlamento, no seguimento do escrutínio, para "tomar as decisões necessárias".

Indica ainda o Eliseu que Emmanuel Macron não vai nomear esta noite um novo primeiro-ministro, preferindo uma postura de "prudência" face a resultados que podem evoluir nas próximas horas.
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por RTP

Bardella digere derrota a apontar o dedo a "alianças desonrosas"

Foto: Gonzalo Fuentes - Reuters

Na reação às projeções de resultados da segunda volta das legislativas francesas, o presidente do Rassemblement National, Jordan Bardella, agradeceu aos eleitores pelo que descreveu como "onda patriótica". Em seguida queixou-se de "alianças desonrosas" à esquerda.

"Infelizmente, alianças desonrosas estão esta noite a privar a política francesa de uma recuperação. Esta noite, os acordos eleitorais estão a atirar a França para os braços da extrema-esquerda de Jean Luc Mélenchon", reagiu o candidato da extrema-direita.

"Apesar de uma campanha de segunda volta marcada por alianças contranatura, que procuraram de todas as maneiras impedir os franceses de escolher livremente uma política diferente, o Rassemblement National realizou hoje o avanço mais importante de toda a sua história", quis propugnar Jordan Bardella no pavilhão de Chesnaye du Roi, no sudeste de Paris.

"Esta noite, os acordos eleitorais atiraram a França para os braços da extrema-esquerda de Jean-Luc Mélenchon", vincou, sublinhado pelos apupos dos militantes do seu partido.

"Tendo em conta a política que vai ser aplicada nos próximos meses e que não vai responder a nenhuma das preocupações dos franceses, o Rassemblement National incarna a única alternância perante o partido único", concluiu.
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por RTP

"O presidente tem o dever de chamar a Nova Frente Popular a governar", diz Mélenchon

Foto: Andre Pain - EPA

Jean-Luc Mélenchon, líder do partido de extrema-esquerda França Insubmissa, que faz parte do bloco da Nova Frente Popular, foi o primeiro a reagir à vitória do partido na segunda volta das legislativas francesas.

Mélenchon diz que o presidente francês, Emmanuel Macron, "deve curvar-se e admitir a sua derrota sem tentar contorná-la" e pedir à Nova Frente Popular para formar Governo.

"A derrota do presidente está claramente confirmada", disse. "O presidente tem o dever de chamar a Nova Frente Popular a governar", reiterou, afirmando que também o primeiro-ministro "deve sair".
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por RTP

Sede do Rassemblement National em silêncio perante projeções

Foto: Yoan Valat - EPA

Em contraste com a atmosfera na sede da Nova Frente Popular, na sala onde estão concentrados os elementos do RN, o ambiente foi de silêncio na altura da divulgação das projeções, que são um duro golpe para o partido de extrema-direita.

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por RTP

França. Ambiente de festa na sede da Nova Frente Popular

Foto: Yoan Valat - EPA

O ambiente é de festa na sede da Nova Frente Popular depois de terem sido divulgados os resultados das projeções da segunda volta das eleições francesas, que dão uma vitória à aliança de esquerda.

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Projeções em detalhe
por RTP

A distribuição dos números partido a partido

À esquerda, as projeções conhecidas às 20h00 (19h00 em Lisboa) atribuem entre 68 a 74 assentos à França Insubmissa, entre 63 e 69 ao PSF e entre 32 e 36 aos Ecologistas.

No campo presidencial, a Renascença obterá entre 95 a 105 assentos, o MoDem 31 a 37 e o Horizons entre 24 a 28. 

No que toca ao campo do Rassemblement National, o partido de extrema-direita deverá eleger entre 120 a 136 deputados e a fação aliada dos Republicanos entre 12 a 16 deputados.

Os Republicanos obtêm entre 57 a 67 assentos.
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Urnas encerradas, projeções divulgadas
por RTP

Esquerda vence as legislativas com 172 a 192 deputados eleitos

São 20h00 em França e fecharam agora todas as assembleias de voto. Em simultâneo, são agora conhecidas as projeções de resultados. A Nova Frente Popular, aliança de esquerda, surge à cabeça desta segunda volta. Deverá conseguir eleger 172 a 192 deputados.

A Renascença deverá eleger 150 a 170 deputados.

Num volte-face relativamente à primeira volta, realizada há uma semana, o Rassemblement National, de extrema-direita, surge em terceiro lugar com 132 a 152 deputados eleitos.
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Num dos “quartéis” da frente de esquerda
por RTP

Aliança espera conter o esperado crescimento da extrema-direita

A equipa de reportagem da RTP no quartel-general dos socialistas franceses deu conta das expectativas da Nova Frente Popular, de Raphaël Glucksmann e Jean-Luc Mélénchon.

Recorde-se que na primeira volta, há uma semana, ficaram definidos 76 dos 577 deputados à Assembleia Nacional, com o Rassemblement National, de extrema-direita, a posicionar-se na dianteira.
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Acompanhamento na RTP3
por RTP

Começa a emissão especial dedicada à segunda volta das legislativas francesas

O canal de notícias da estação pública mostra as projeções, os primeiros resultados e as reações das principais figuras políticas.
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Estimativas para a participação
por RTP

Taxa de afluência deverá rondar os 67%

A partir das taxas de afluência às urnas apuradas às 12h00 e às 17h00 locais, estima-se que a participação final nesta segunda volta em França seja de 67 por cento. Este é cálculo feito feito pelos institutos Ipsos e OpinionWay, citados na edição online do jornal Le Monde.

Já a Elabe aponta para 67,1 por cento, enquanto que o IFOP avança com uma estimativa de 67,5 por cento.
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Macron recebe Attal
por RTP

Dirigentes do campo presidencial no Eliseu

O presidente francês está reunido desde as 18h30 (17h30 em Lisboa), no Palácio do Eliseu, com o primeiro-ministro, Gabriel Attal, e os líderes dos partidos do denominado campo presidencial, segundo a imprensa francesa.

Por ora, não se prevê qualquer intervenção pública de Emmanuel Macron nesta noite eleitoral.
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Ponto de situação
por RTP

Emissão especial sobre as legislativas em França na RTP3 a partir das 18h30

As assembleias de voto abriram às 8h00 deste domingo (7h00 em Lisboa) para a segunda volta das eleições legislativas antecipadas. Nos territórios ultramarinos, a ida às urnas decorreu no sábado.

O encerramento das urnas na maior parte das circunscrições teve lugar às 18h00 (17h00 em Lisboa). Nas grandes cidades, todavia, o momento de fecho da votação é às 20h00 locais. A esta hora serão também publicadas as projeções e os primeiros resultados.A taxa de participação nesta segunda volta das legislativas em França era, às 12h00 (11h00 em Lisboa), de 26,63 por cento. Mais tarde, pelas 17h00 locais, ascendia a 59,71 por cento.

As legislativas realizam-se quase um mês depois da decisão do presidente francês, Emmanuel Macron, de dissolver a Assembleia Nacional e convocar eleições antecipadas para 30 de junho e 7 de julho - um passo que se seguiu ao triunfo da extrema-direita nas eleições para o Parlamento Europeu.

Segundo os cenários traçados pelas derradeiras sondagens, estariam a esfurmar-se as hipóteses de o Rassemblement National, partido de extrema-direita de Jordan Bardella e Marine Le Pen, alcançar a maioria absoluta - ou seja, 289 deputados em 577.


Por outro lado, a Nova Frente Popular, aliança de esquerda de Raphaël Glucksmann e Jean-Luc Mélénchon, surgia como segunda força mais votada, seguindo-se o campo presidencial Ensemble pour la République.

A RTP3 debruça-se sobre todos os desenvolvimentos da noite eleitoral em França, a partir das 18h30, numa emissão especial.
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por RTP

Segunda volta em França. Participação de 59,71% a meio da tarde

A afluência às urnas na segunda volta das eleições legislativas em França situava-se, às 17h00 (16h00 em Lisboa), nos 59,71 por cento.

Este nível de participação é ligeiramente superior àquele que foi registado na primeira volta, à mesma hora: 59,39 por cento.

Já relativamente à segunda volta das legislativas de 2022, a afluência às 17h00 locais cresce em quase 20 pontos. Era então de 38,1 por cento.

É a percentagem mais elevada em eleições legislativas desde 1981 (61,4 por cento), após a eleição de François Miterrand para a Presidência.

O correspondente da RTP em Paris, José Manuel Rosendo, assinalou a complexidade das contas pós-eleitorais, tendo em conta as derradeira sondagens.
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por Rita Soares - enviada da Antena 1 a França

Cenário de maioria absoluta em França é cada vez menos provável

Foto: Rita Soares - Antena 1

Em França, 26,6 por cento dos eleitores votaram até ao meio-dia (11h00 em Portugal continental) na segunda volta das legislativas.

As primeiras projeções são conhecidas daqui às 19h00. As sondagens apontam para a vitória do Rassemblement National, mas sem maioria absoluta.

A enviada da Antena 1 a França, Rita Soares, tem estado a acompanhar a votação numa mesa em Paris.
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por RTP

Segunda volta em França. "Vai ser um entendimento difícil"

Os números das projeções da segunda volta das eleições legislativas francesas serão conhecidos pelas 20h00 (19h00 em Lisboa). O correspondente da RTP em Paris, José Manuel Rosendo, explica os cenários possíveis.

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por RTP

O testemunho de uma responsável portuguesa numa mesa de voto

A equipa de reportagem da RTP em Paris está a acompanhar os desenvolvimentos da jornada eleitoral decisiva. Até às 12h00 locais (11h00 em Lisboa), tinham já votado 26,63 por cento dos eleitores.

Lurdes Fernandes, responsável por uma das mesas de voto da capital francesa, deu conta dos últimos dados da participação naquele local.
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Momento-Chave
por RTP

Um terço dos franceses em Portugal optou pelo voto eletrónico

Foto: Martial Trezzini - EPA

Em Portugal, um terço dos eleitores franceses optou pelo voto eletrónico. Até ao meio-dia deste domingo, tinham votado presencialmente cerca de 800 pessoas.

Os que foram às urnas durante a manhã, em Lisboa, expressaram o receio pelo futuro de França. Falam de um cenário caótico e de incerteza.
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Momento-Chave
por Rachel Mestre Mesquita - RTP

Extrema-direita "às portas do poder". Franceses chamados às urnas para segunda volta decisiva

Jean-Luc Mélenchon (LFI) e Raphaël Glucksmann (PP) membros da Nova Frente Popular, ao centro o primeiro-ministro Gabriel Attal, do bloco Ensemble, e os líderes do Rassemblement National, Marine Le Pen e Jordan Bardella Rafael Garcin-Unsplash, Julien Mattia-EPA, Benoit Tessier, Yves Herman, Sarah Meyssonnier-Reuters

Após a vitória do Rassemblement National na primeira volta das eleições legislativas francesas, com cerca de 34 por cento dos votos, os franceses voltam às urnas este domingo com uma nova configuração nos boletins de voto. Mais de 200 candidatos da direita, centro-direita e esquerda desistiram na última semana, numa tentativa de bloqueio à extrema-direita, que vê as hipóteses de uma maioria absoluta de 289 deputados cada vez mais diluída, de acordo com as últimas sondagens. Este é um escrutínio decisivo num país fraturado e ameaçado pela ingovernabilidade.

Desde as 8h00 deste domingo (7h00 em Lisboa) que os eleitores franceses podem votar na segunda volta das eleições legislativas antecipadas. Nos territórios ultramarinos, os franceses foram chamados às urnas no sábado.

As assembleias de voto encerram às 18h00, mas em algumas grandes cidades permanecerão abertas até às 20h00. As eleições legislativas francesas são realizadas por sufrágio universal direto, por maioria de duas voltas e por círculo eleitoral. No final, 577 deputados serão eleitos.

As eleições legislativas realizam-se quase um mês depois da decisão do presidente francês, Emmanuel Macron, de dissolver a Assembleia Nacional, na sequência da vitória expressiva da extrema-direita nas eleições europeias, e de convocar eleições antecipadas para 30 de junho e 7 de julho.

A dissolução da Assembleia em França é a sexta desde a criação da Quinta República
. A última aconteceu em 1997 e poderá conduzir a uma quarta coabitação política.
A coabitação, um duelo pelos poderes do Estado

Na história da Quinta República, a França assistiu a três coabitações no poder. A primeira foi entre o presidente socialista François Miterrand e o primeiro-ministro conservador Jacques Chirac (1986-1988), a segunda entre Mitterand e o conservador Edouard Balladur como chefe de Governo (1993-1995) e a mais recente e longa da história entre Jacques Chirac como presidente de França e o primeiro-ministro socialista Lionel Jospin (1997-2002). A coabitação é o termo utilizado quando o presidente da República e o primeiro-ministro não provêm do mesmo campo político.

Nestas eleições, caso os resultados da primeira volta se confirmem, ou o das sondagens para a segunda volta, o campo presidencial do presidente Macron e do primeiro-ministro Gabriel Attal está longe de manter a sua maioria na Assembleia Nacional.

E se um partido ou bloco da oposição obtiver a maioria absoluta, como é o caso do Rassemblement National, de Jordan Bardella e Marine Le Pen, ou da aliança de esquerda, a Nova Frente Popular, de Raphaël Glucksmann e Jean-Luc Mélénchon, o presidente será assim obrigado a nomear um primeiro-ministro da força política que vencer as eleições. Uma eventual coabitação suscita preocupações quanto à repartição de poderes entre o presidente Macron e o novo primeiro-ministro eleito, escreve Le Monde.

A Constituição francesa prevê que a política interna do país seja confiada aos membros do Governo eleito, ao passo que o presidente da República passa a ter um papel mais secundário, em caso de coabitação.

"O primeiro-ministro dirige a ação do Governo, assegura a execução das leis e é responsável pela defesa nacional"
e "o governo determina e conduz a política da nação, tem à sua disposição a administração e as forças armadas", determina a Constituição.

Com poderes próprios e limitados, cabe ao presidente da República nomear o primeiro-ministro da sua escolha, presidir ao Conselho de Ministros e assinar descretos e portarias, dissolver a Assembleia Nacional, uma vez por ano se necessário, ou arrogar-se poderes executivos em caso de ameaça "grave e imediata" às instituições, à independência da nação, à integridade territorial ou ao cumprimento de compromissos internacionais, explicao jornal Le Monde.

De acordo com as últimas sondagens, as hipóteses de o Rassemblement National obter uma maioria absoluta na Assembleia (289 deputados em 577)  e formar Governo parecem estar a desaparecer, devido ao elevado número de desistências nas candidaturas de esquerda e centro-direita durante a última semana

Já a Nova Frente Popular surge como a segunda força mais votada, seguindo-se o campo presidencial Ensemble pour la République.
A França poderá tornar-se ingovernável?

Deste modo, a horas do veredicto final, não há garantias de que qualquer partido consiga obter uma maioria absoluta na Assembleia. A ausência de uma força maioritária necessária para governar ou de formação de uma coligação governativa poderão conduzir o país para um período de instabilidade política ou ingovernabilidade.

É o caso da maioria relativa, que parece ser o cenário mais provável para o futuro do país, o que poderá tornar a França ingovernável. Caso nenhuma força política consiga vencer claramente, o novo Governo em funções terá dificuldade em governar e avançar com projetos de lei e reformas. A aprovação do Orçamento de Estado poderá revelar-se mesmo impossível.

Após uma semana de campanha eleitoral violenta, com relatos de agressões a vários candidatos políticos, os eleitores franceses vão às urnas sob forte dispositivo policial nas ruas: mais de 30 mil polícias foram destacados para tentar controlar a cólera dos manifestantes da extrema-direita e da extrema-esquerda.
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por RTP

França em encruzilhada. A perspetiva de um filósofo

Foto: Christian Hartmann - Reuters

A França está numa encruzilhada. Os franceses votam este domingo na segunda volta das legislativas antecipadas e terão de decidir se entregam o poder à extrema-direita ou se preferem outra solução.

A RTP entrevistou o filósofo Diogo Sardinha para tentar perceber como é que o país chegou a este ponto.
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