O primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sánchez, inicia esta sexta-feira uma ronda de contactos com cinco homólogos europeus, incluindo o de Portugal, Luís Montenegro, para abordar a situação em Gaza e impulsionar o reconhecimento do Estado palestiniano.
Sánchez já se comprometeu a reconhecer a Palestina como Estado até julho. Esta semana defendeu que a comunidade internacional só pode ajudar a Palestina se reconhecer a sua existência, além de esta ser "a única via para israelitas e palestinianos conviverem em paz".
Para o líder do governo espanhol, o risco de escalada e alastramento a outros países e territórios do conflito na Faixa de Gaza, com "a resposta absolutamente desproporcional do governo de Israel" ao ataque terrorista do grupo islamita palestiniano Hamas de outubro, é real e tem impacto direto em "todo o mundo", pelo que o reconhecimento do estado da Palestina é também do "interesse geopolítico da Europa".
Atualmente nove Estados-membros da União Europeia (UE) reconhecem a Palestina: Bulgária, Chipre, República Checa, Hungria, Malta, Polónia, Roménia e Eslováquia deram o passo em 1988, antes de aderirem ao bloco europeu, enquanto a Suécia o fez sozinha em 2014, cumprindo uma promessa eleitoral dos sociais-democratas então no poder.