O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, um dos seis negociadores dos cargos da nova legislatura europeia, vai estar ausente do Conselho Europeu de quinta-feira, por motivos pessoais, e delegou o voto no alemão Olaf Scholz.
Sánchez cancelou hoje toda a sua agenda em Espanha por causa da morte do sogro e decidiu também, pelo mesmo motivo, não ir ao Conselho Europeu de quinta-feira em Bruxelas, revelou o Governo espanhol.
Nesta reunião, os chefes de Estado e de Governo dos 27 países da União Europeia (UE) vão tentar fechar o acordo em relação aos nomes que ocuparão os cargos de presidente do Conselho Europeu e da Comissão Europeia e de alto representante para os negócios estrangeiros e a política de segurança.
Na terça-feira foi já alcançado um acordo preliminar entre seis negociadores indicados por três famílias políticas representadas no Conselho Europeu e que prevê a recondução da alemã Ursula von der Leyen como presidente da Comissão, o ex-primeiro-ministro português António Costa como presidente do Conselho e a primeira-ministra da Estónia, Kaja Kallas, como chefe da diplomacia da UE.
Os seis negociadores são, pelos Socialistas, Pedro Sánchez e o chanceler alemão, Olaf Scholz; pelo Partido Popular Europeu (centro-direita) o primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, e o primeiro-ministro polaco, Donald Tusk; e pelos Liberais o Presidente francês, Emmanuel Macron, e o primeiro-ministro neerlandês, Mark Rutte.
Von der Leyen, Costa e Kallas pertencem às três famílias políticas que representam os negociadores (populares, socialistas e liberais, respetivamente).
Sánchez delegou o seu voto durante esta reunião do Conselho Europeu em Scholz, revelou o Governo espanhol, que lembrou que os chefes de Estado ou de Governo não podem ser substituídos nestes encontros, mas podem delegar o voto noutro líder presente.