A Rússia pediu para esta sexta-feira uma reunião do Conselho de Segurança da ONU, após ataques dos Estados Unidos e Reino Unido contra os rebeldes Houthis no Iémen, em retaliação pelas ofensivas contra navios no mar Vermelho.
Na plataforma de mensagens Telegram, a Missão Permanente da Rússia junto das Nações Unidas disse esta madrugada que "solicitou uma reunião urgente do Conselho de Segurança da ONU para 12 de janeiro (hoje) em relação aos ataques dos Estados Unidos e do Reino Unido no Iémen".
O Conselho de Segurança aprovou na quarta-feira uma resolução que exigia que os Houthis cessassem imediatamente os ataques e que condenou implicitamente o principal fornecedor de armas aos rebeldes, o Irão.
A resolução, apresentada pelos EUA e Japão, foi aprovada por 11 votos a favor, sem qualquer voto contra, e com quatro abstenções, da Rússia, China, Argélia e Moçambique.
Imediatamente antes da votação, o Conselho rejeitou por esmagadora maioria três propostas de alterações russas, uma das quais teria acrescentado linguagem para sublinhar que "a escalada em Gaza é a principal causa da atual situação no Mar Vermelho".
O embaixador russo junto da ONU, Vassily Nebenzia, disse acreditar que o verdadeiro objetivo da resolução é obter luz verde do Conselho de Segurança para legitimar as ações futuras da coligação criada pelos EUA e aliados.