Rússia, Mali, Burkina Faso e Níger assinam parceria

por Lusa
A cooperação militar e económica une os quatro países Pavel Bednyakov - Pool - EPA

A Rússia e os países que compõem a Confederação da Aliança dos Estados do Sahel (AES) - Mali, Burkina Faso e Níger --- acordaram estabelecer uma parceria estratégica nas áreas da segurança e da defesa.

O anúncio foi feito após uma reunião organizada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, com os homólogos dos três países africanos governados por juntas militares.

Numa declaração conjunta, as partes manifestaram o empenho em intensificar a luta contra o terrorismo e a insegurança.

As partes manifestaram empenho em reforçar as capacidades operacionais das suas forças, facilitando a aquisição de equipamento militar com assistência técnica russa.

Os quatro países chegaram também a um consenso sobre a cooperação económica com base numa parceria mutuamente benéfica e concordaram em reforçar os contactos comerciais, bem como um mecanismo para monitorizar as consultas nesta área.

Os ministros concordaram realizar reuniões anuais em países alternados. A segunda sessão será realizada num dos países africanos, em data ainda a definir.

Rússia avança com apoio militar

No início da reunião, Lavrov declarou que o país está pronto para cooperar militarmente com a AES, organização que a Rússia foi a primeira a reconhecer internacionalmente.

"Saliento a disponibilidade de Moscovo para contribuir com todos os meios possíveis para o potencial das forças unidas dos países do Sahel para reforçar as suas capacidades militares, as forças armadas de cada um dos três países e o treino de soldados e forças de segurança", afirmou.

Segundo Lavrov, a Ucrânia "apoia os grupos terroristas nesta parte de África".

O chefe da diplomacia do Mali, Abdoulaye Diop, disse aos jornalistas em Moscovo que o seu governo considerava "a Ucrânia um Estado terrorista".

O Mali, o Níger e o Burkina Faso retiraram-se da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) em janeiro, após sanções impostas pela organização aos três países, devido aos golpes que levaram os atuais líderes ao poder.

 

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