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Pós-legislativas. Presidente da República continua a auscultar partidos

Rússia e Ucrânia anunciam troca de centenas de prisioneiros

por RTP
Foto: Ministério dos Assuntos Internos da Ucrânia via Reuters

A Rússia anunciou este sábado que 246 militares russos regressaram do território controlado pela Ucrânia e que, "como gesto de boa vontade", 31 prisioneiros de guerra ucranianos feridos foram transferidos em troca de 15 soldados russos também feridos. Já o presidente Volodymyr Zelensky avançou que 277 prisioneiros ucranianos voltaram a casa.

"No final do processo de negociação, 246 militares russos foram repatriados do território controlado pelo regime de Kiev. Em contrapartida, foram entregues 246 prisioneiros de guerra das forças armadas ucranianas", para além de 31 feridos ucranianos e 15 russos, anunciou o Ministério da Defesa da Rússia no Telegram.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou por sua vez que 277 "guerreiros ucranianos regressaram a casa do cativeiro russo", numa troca de prisioneiros com a Rússia mediada pelos Emirados Árabes Unidos.

"O nosso povo está em casa: uma das melhores notícias que pode haver. Mais 277 guerreiros regressaram do cativeiro russo", escreveu na rede social X, partilhando um vídeo que mostra imagens dos homens libertados envoltos nas bandeiras dos seus países. Todos os militares russos libertados estão de momento na Bielorrússia, aliado próximo de Moscovo, enquanto aguardam transferência para o seu país.

Estas informações chegam no dia em que o presidente russo, Vladimir Putin, anunciou um cessar-fogo temporário na Páscoa na Ucrânia, justificando-o com razões humanitárias.

Putin ordenou às suas tropas que cumpram um cessar-fogo a partir da tarde deste sábado até domingo à noite, instando Kiev a fazer o mesmo.

"Partimos do princípio de que a parte ucraniana seguirá o nosso exemplo. Ao mesmo tempo, as nossas tropas devem estar prontas para repelir possíveis violações da trégua e provocações do inimigo, qualquer uma das suas ações agressivas", disse Putin numa reunião com o chefe do Estado-Maior General Valery Gerasimov.

c/ Lusa

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Putin visita Kursk pela primeira vez desde que a Rússia recapturou a região

por Cristina Sambado - RTP
Putin visitou a central nuclear de Kursk, que está em construção Kremlin.ru/Handout via Reuters

O presidente russo, Vladimir Putin, visitou Kursk pela primeira vez desde que Moscovo declarou ter reconquistado completamente a região, após uma incursão surpresa das forças ucranianas, no ano passado.

Putin encontrou-se com os líderes da cidade de Kurchatov e visitou a central nuclear de Kursk, que está atualmente em construção, revelou o Kremlin, segundo a agência de notícias TASS.

Imagens de vídeo publicadas pelos meios de comunicação social estatais russos mostram Putin a falar co
Putin também ordenou um aumento do número de unidades de desminagem em Kursk para que os residentes deslocados possam regressar a casa, avançou a RIA Novosti.m o que pareciam ser voluntários locais.

Segundo a agência noticiosa RIA Novosti, Putin afirmou que as forças ucranianas continuam a tentar avançar em direção à fronteira russa.

A Rússia declarou no final de abril que tinha expulsado as tropas ucranianas da região de Kursk, pondo fim à maior incursão em território russo desde a Segunda Guerra Mundial.

Pouco mais de dois anos após a invasão russa de 2022, a Ucrânia lançou, a 6 de agosto, o seu ataque mais ousado, atravessando a fronteira russa na região de Kursk, apoiada por enxames de drones e armamento pesado ocidental.No seu auge, as forças ucranianas reivindicaram quase 1.400 quilómetros quadrados de Kursk.

Desde então, a Rússia, com o apoio de soldados norte-coreanos, tem lutado para expulsar as forças ucranianas do seu território, enquanto Kiev investiu recursos preciosos para manter o seu território na região, com o objetivo de o utilizar como moeda de troca em quaisquer conversações de paz.

De acordo com as autoridades russas, pelo menos 288 civis foram mortos durante a ofensiva ucraniana na região de Kursk.

Putin afirmou, no mês passado, que as forças russas tinham recapturado Kursk e disse que soldados norte-coreanos participaram nos combates para recuperar território na região.
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Kiev tem insistido que as suas tropas estão a lutar ferozmente para preservar a sua posição no território. Na semana passada, a Ucrânia afirmou que continua a travar a guerra terrestre no interior da Rússia.

“Continuamos as nossas operações ativas nas regiões de Kursk e Belgorod - estamos a defender proativamente as áreas fronteiriças da Ucrânia”, disse o presidente Zelensky no discurso noturno da passada quarta-feira.
Nova troca de drones
Moscovo e Kiev acusaram-se mutuamente de lançar ataques com drones durante a noite desta quarta-feira.

Kiev afirmou ter destruído 63 dos 76 drones de longo alcance que a Rússia utilizou para atacar território ucraniano na noite passada. Já o Ministério da Defesa da Rússia revelou que 127 drones ucranianos foram inicialmente abatidos após uma tentativa de ataque às regiões de fronteira russas de Bryansk e Kursk, bem como Moscovo, seguidos de outros 32.Os militares ucranianos enviam regularmente drones contra a Rússia, em resposta aos ataques russos que diariamente têm como alvo o seu nos últimos três anos.

De acordo com as forças ucranianas, os drones atingiram uma fábrica de dispositivos semicondutores na região russa de Oryol, que abastece várias empresas, incluindo algumas envolvidas na produção de mísseis Iskander e Kinzha.

Na terça-feira, um ataque com mísseis russos a um campo de tiro militar ucraniano matou seis militares e feriu pelo menos mais dez.

Segundo o Ministério russo da Defesa, o ataque ocorreu no campo de treino na região de Sumy, no nordeste da Ucrânia.

Durante mais de três anos de invasão total da Rússia, as forças de Moscovo infligiram baixas em ataques a instituições de ensino militar ucranianas e em várias reuniões formais ao ar livre.

c/ agências
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Andriy Portnov. Ex-político ucraniano sob sanções morto a tiro em Madrid

por Cristina Sambado - RTP
Stringer via Reuters

Um homem armado não identificado matou a tiro o ex-político ucraniano Andriy Portnov, na manhã desta quarta-feira, à porta da Escola Americana em Madrid, revelou fonte próxima da investigação policial à Reuters.

A polícia recebeu uma chamada sobre o tiroteio de um cidadão ucraniano às 9h15 (menos uma hora em Portugal), no exterior da escola Americana em Madrid, localizada em Pozuelo de Alarcon, disse a polícia de Madrid à agência, sem identificar a vítima.


Segundo a imprensa espanhola, Andriy Portnov tinha deixado os filhos à porta do estabelecimento de ensino. A Escola Americana de Madrid é um dos estabelecimentos de ensino mais conceituados de Espanha. Segundo os meios de comunicação social locais, o protocolo de segurança da escola foi ativado e ninguém está autorizado a entrar ou sair do edifício.

Fontes policiais disseram ao jornal El Mundo que poderá tratar-se de um ajuste de contas.
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A escola privada, situada a uma curta distância do centro de Madrid, foi fundada no início dos anos 60 e ganhou popularidade tanto pela sua qualidade académica como pela sua exclusividade. O corpo docente é internacional, com apenas 27 por cento dos alunos de nacionalidade espanhola.

Portnov, de 52 anos, foi assessor do ex-presidente ucraniano Viktor Yanukovich, e estava a ser investigado por corrupção na Ucrânia. Kiev acusa-o de alta traição ao país, pelo suposto papel na invasão russa à região ucraniana da Crimeia.
Victor Yanukovich foi deposto em 2014 na sequência da revolução ucraniana, também apelidada de “Revolução da Dignidade” que teve início em Kiev, a partir de violentas manifestações de protesto.
Andriy Portnov tem ainda um histórico de peculato e pode estar ligado ao crime organizado. O ex-assessor foi investigado por desvio de fundos do Estado e violações de direitos humanos. Foi absolvido das acusações, mas foi investigado pelos serviços secretos ucranianos pela sua afinidade com o regime de Moscovo.

Desde a invasão russa da Ucrânia em fevereiro de 2022, houve vários crimes envolvendo russos e ucranianos de alto nível em Espanha, que tem uma população significativa de expatriados de ambos os países.

Em novembro e dezembro de 2022, seis cartas-bomba foram enviadas para alvos de alto perfil em Espanha, incluindo o chefe do governo espanhol Pedro Sánchez, a Embaixada da Ucrânia em Madrid, gabinetes governamentais, uma empresa de satélites da União Europeia e a Embaixada dos EUA.

Um funcionário público espanhol reformado de 76 anos, cujas pesquisas nas redes sociais sugeriam simpatia pela Rússia, foi preso pelos crimes.

Em abril de 2022, um empresário russo ligado à empresa russa de gás Novatek foi encontrado morto num aparente suicídio, juntamente com a mulher e a filha, que tinham sido esfaqueadas.

Em fevereiro de 2024, um piloto russo que desertou para a Ucrânia com o seu helicóptero foi encontrado morto com vários ferimentos de bala na garagem do seu bloco de apartamentos perto de Alicante.

c/ agências
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Aviso dos EUA. Israel está a preparar ataque contra instalações nucleares iranianas

por RTP
O presidente iraniano intervém durante um encontro com membros da Marinha iraniana no último sábado, a 17 de maio. Foto: Presidência iraniana/WANA via Reuters

Novas informações recolhidas pelos Estados Unidos sugerem que Israel está a preparar um ataque contra instalações nucleares iranianas. A informação é avançada pela CNN Internacional, que cita vários responsáveis norte-americanos, numa altura em que as diplomacias dos EUA e Irão se preparam para a quinta ronda de negociações sobre o novo programa nuclear iraniano.

Os Estados Unidos obtiveram novas informações que sugerem que Telavive está a preparar um ataque contra instalações nucleares do Irão. Esta hipótese de um ataque surge numa altura em que a Administração Trump procura chegar a acordo diplomático com Teerão. As negociações têm ocorrido ao longo das últimas semanas sob mediação da diplomacia omani, com o próximo encontro marcado para 23 de maio, em Roma.

Segundo os responsáveis norte-americanos ouvidos pela CNN Internacional, tal investida contra o regime iraniano constituiria não só uma clara rutura com a estratégia seguida por Donald Trump, mas também um possível rastilho para um conflito mais alargado no Médio Oriente.

A televisão norte-americana sublinha que ainda não é evidente que os líderes israelitas tenham tomado uma decisão definitiva quanto a este ataque e que, dentro da própria Administração norte-americana, há desacordo quanto à possibilidade desta investida sair do papel.

Vários responsáveis acreditam que Telavive irá fazer depender este ataque do resultado das negociações em curso entre Washington e Teerão sobre o programa nuclear iraniano.

No entanto, “a probabilidade de um ataque israelita numa instalação nuclear iraniana aumentou significativamente nos últimos meses (…) E a perspetiva de um acordo entre EUA e Irão que não remova todo o urânio do Irão só torna mais provável a hipótese de um ataque”, adianta um dos responsáveis ouvidos pela CNN.

A preocupação com um ataque é crescente não só pela troca de mensagens, públicas e privadas, entre altos funcionários israelitas, mas também de comunicações israelitas e movimentos militares, nomeadamente o movimento de munições aéreas e a conclusão de um exercício militar.

Não obstante estes sinais, os movimentos israelitas podem constituir apenas mais um elemento de pressão sobre o regime iraniano nas negociações diplomáticas em curso, em linha com o que tem sido feito pelo próprio presidente norte-americano.

Desde que tomou posse, em janeiro, Donald Trump já ameaçou bombardear instalações nucleares de Teerão em várias ocasiões, ao mesmo tempo que decorrem as negociações entre peritos norte-americanos e iranianas, primeiro em Muscat e mais recentemente em Roma.

Em abril, também o jornal New York Times dava conta de um plano israelita para bombardear instalações nucleares iranianas em maio, mas que o plano foi rejeitado pela Administração norte-americana em favor da negociação de um novo acordo para limitar o programa nuclear de Teerão.
Próxima ronda negocial a 23 de maio
A ameaça iraniana paira no mesmo dia em que o chefe da diplomacia omani, que está a mediar as negociações entre Estados Unidos e Irão, anunciou que a quinta ronda de negociações sobre o programa nuclear iraniano irá decorrer esta sexta-feira, 23 de maio, em Roma.

Desde 12 de abril, Washington e Teerão já se reuniram por quatro vezes com o objetivo de chegar a um novo sobre o programa nuclear iraniano. A diplomacia norte-americana procura evitar que o Irão se transforme numa potência com armas nucleares em troca do levantamento de sanções que estrangulam a economia daquele país há vários anos.

A liderança iraniana, que continua a assegurar as intenções pacíficas do seu programa nuclear e nega quaisquer ambições militares, diz-se disponível para as negociações com os Estados Unidos, mas que não irá tolerar quaisquer ameaças ou desistir dos seus direitos.

“Estamos a negociar e vamos negociar. Não estamos à procura de guerras, mas não tememos qualquer ameaça. Eles que não pensem que, se nos ameaçarem, nós desistiremos dos nossos direitos”, afirmou no último fim de semana o presidente iraniano num discurso perante a Marinha iraniana. 

Masoud Pezeshkian destacou a importância de manter “a honra militar, científica e nuclear em todos os domínios”.

Na terça-feira, o líder supremo do Irão, Ali Khamenei, vincou o seu ceticismo quanto às negociações em curso. “Não acreditamos que [as negociações atuais] obtenham qualquer resultado”, afirmou o ayatollah, acrescentando que negar o direito de Teerão a enriquecer urânio é “um grande erro”.

Este é, de resto, um dos principais pontos de discórdia na discussão entre peritos dos dois países: o Irão insiste em manter a autorização para o enriquecimento de urânio, nos termos do Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP), do qual Teerão é signatário, e que prevê o direito à energia nuclear para fins civis.

Por outro lado, Washington exige que Teerão abandone por completo esse esforço e tem vincado a sua oposição a qualquer tipo de enriquecimento de urânio por parte do regime iraniano.

O esforço diplomático ocorre exatamente dez anos após a assinatura de um acordo sobre o programa nuclear iraniano, também conhecido por Joint Comprehensive Plan of Action - JCPOA, que previa limites ao enriquecimento de urânio e vigilância internacional do programa nuclear de Teerão a cargo da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA). 

O entendimento foi assinado em julho de 2015, ainda durante a Administração Obama, previa, em troca desta abertura e controlo, um levantamento das sanções internacionais aplicadas ao regime.

Na altura, apesar de todos os indicadores apontarem para um cumprimento do acordo por parte de Teerão, o presidente norte-americano Donald Trump optou por rasgar o tratado ainda durante o primeiro mandato, em 2018, considerando que este era "o pior acordo de sempre".

Rússia condena quase uma centena de mercenários estrangeiros

por Lusa

A justiça russa condenou cerca de 100 mercenários estrangeiros, incluindo 13 norte-americanos, por terem combatido ao lado das forças armadas ucranianas, anunciou hoje o chefe do Comité de Investigação Russo (IRC), Alexandr Bastrikin.

"Como resultado dos julgamentos, 97 mercenários de 26 países foram condenados", disse Bastrikin, citado pela agência de notícias russa Interfax, durante uma reunião com jovens no Fórum Jurídico Internacional de São Petersburgo.

O diretor do IRC afirmou que entre os condenados há também 42 georgianos e 10 letões.

Referiu que o organismo de investigação judicial, que depende diretamente do Presidente Vladimir Putin, dispõe de informações sobre 902 mercenários de mais de 70 países, 695 dos quais foram declarados como procurados pela justiça.

"O testemunho dos mercenários detidos mostra claramente que contactaram as embaixadas ucranianas nos seus países, onde foram entrevistados e receberam instruções e contactos na Ucrânia", afirmou Bastrikin, segundo a agência de notícias espanhola EFE.

Entre os mercenários condenados encontra-se o colombiano Miguel Angel Montilla Cardenas, que em 24 de abril foi condenado a nove anos de prisão por ter combatido nas fileiras ucranianas.

De acordo com a sentença, Montilla está a cumprir a pena numa prisão de alta segurança.

O Ministério da Defesa russo tem denunciado repetidamente a utilização pela Ucrânia de mercenários estrangeiros como "carne para canhão".

Um mercenário pode ser punido na Rússia com sete a 15 anos de prisão.

Segundo a imprensa independente, a Rússia recrutou milhares de estrangeiros de países como o Quirguistão, a Índia e Cuba para combater no país vizinho em troca de cidadania, contratos lucrativos ou falsos pretextos.

A Coreia do Norte também enviou recentemente soldados para ajudar a Rússia a libertar a região russa de Kursk, que esteve ocupada durante algum tempo pelas forças ucranianas.

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Dezenas de países suspenderam compras de frango ao Brasil devido a gripe aviária

por Lusa

Pelo menos 21 países ou blocos económicos, incluindo a União Europeia, proibiram a compra de carne de frango proveniente do Brasil devido à deteção de um surto de gripe aviária no país, informou hoje o Governo brasileiro.

Num comunicado, o Ministério da Agricultura do país sul-americano divulgou uma atualização das restrições temporárias impostas às exportações brasileiras de carne de aves, devido a um foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) no município de Montenegro, no estado do Rio Grande do Sul, confirmado no último dia 16.

Até ao momento, decidiram pela suspensão total das exportações brasileiras de frango a União Europeia, União Euro-asiática e países como a China, México, Iraque, Coreia do Sul, Chile, África do Sul, Peru, Canadá, República Dominicana, Uruguai, Malásia, Argentina, Timor-Leste, Marrocos, Bolívia, Sri Lanka, Paquistão, Filipinas e Jordânia. 

O Reino Unido, Bahrein, Cuba, Macedónia, Montenegro, Cazaquistão, Bósnia e Herzegovina, Tajiquistão e a Ucrânia suspenderam as importações de frango produzidas no estado do Rio Grande do Sul.

Já o Japão e a Arábia Saudita suspenderam compras de frango produzido apenas no município de Montenegro, onde foi detetado o primeiro caso de gripe aviária numa exploração comercial.

Em junho de 2023, o país relatou a deteção do primeiro caso de gripe aviária numa ave de criação, no município de Serra, no estado do Espírito Santo, somando-se a outros 52 surtos detetados em aves selvagens em sete estados naquele ano.

Atualmente, o Brasil e o maior fornecedor mundial de frango. No ano passado, as exportações de frango do Brasil (considerando todos os produtos, entre `in natura` e processados) totalizaram 5,294 milhões de toneladas, de acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

Entre os principais mercados internacionais do frango brasileiro destacam-se a China, que comprou 562,2 mil toneladas em 2024, Emirados Árabes Unidos, com 455,1 mil toneladas, Japão, com 443,2 mil toneladas, Arábia Saudita, com 370,8 mil toneladas.

De acordo com a ABPA, a China foi o maior destino das exportações brasileiras de frango no ano passado, com 562,2 mil toneladas, enquanto a União Europeia foi o sétimo maior, com 231,9 mil toneladas.

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Presidente angolano distingue mais 697 figuras nos 50 anos da independência

por Lusa

O Presidente angolano vai condecorar mais 697 personalidades no âmbito das celebrações dos 50 anos da independência de Angola, incluindo escritores como Pepetela, músicos como Bonga e Paulo Flores e ativistas como Rafael Marques de Morais.

Esta será a segunda cerimónia de entrega das medalhas comemorativas dos 50 Anos da Independência Nacional que se dividem em duas categorias: a classe Independência, que reconhece o contributo de figuras históricas na luta contra o colonialismo e na fundação do Estado angolano, e a classe Paz e Desenvolvimento, que distingue o papel de cidadãos na consolidação da paz e na construção do país.

Entre os homenageados na classe Independência, destacam-se o escritor Pepetela (Artur Pestana), que foi também guerrilheiro do MPLA, partido no poder desde a independência; o cantor Bonga, uma das vozes mais conhecidas de Angola; o arcebispo emérito de Lubango e mediador no processo de paz, Zacarias Kamwenho; o músico Waldemar Bastos (já falecido), que viveu em Portugal e projetou a música angolana a nível internacional; e Luandino Vieira, escritor que foi também perseguido pelo regime colonial.

Na classe Paz e Desenvolvimento, vão ser distinguidas personalidades da cultura, desporto e sociedade civil, incluindo José Eduardo Agualusa, escritor internacionalmente premiado; Paulo Flores, um dos cantores mais populares de Angola; o ativista dos direitos humanos Rafael Marques de Morais; Pedro Mantorras, antigo futebolista do Benfica; Eduardo Paim, conhecido como "pai" da kizomba; e Marcolino Moco, antigo primeiro-ministro.

Ainda não existe data marcada para a entrega das condecorações.

Esta segunda ronda de homenagens --- com 252 distinguidos na Classe Independência e 445 na Classe Paz e Desenvolvimento --- surge meses depois de uma primeira cerimónia controversa, marcada pela exclusão de Jonas Savimbi (UNITA) e Holden Roberto (FNLA), figuras centrais na luta pela independência do país.

A primeira cerimónia ficou marcada pela ausência de alguns dos condecorados, entre os quais o ex-presidente da UNITA, Isaías Samakuva, os nacionalistas José Samuel Chiwale, Ernesto Mulato e Miraldina Jamba, também da UNITA, e a antiga primeira-dama, Maria Eugénia Neto.

O ciclo de condecorações vai prosseguir nos próximos meses, com novas cerimónias previstas até ao final de 2025.

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UE exorta Israel a investigar disparos contra diplomatas, incluindo um português

por Lusa
Reuters

A chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Kaja Kallas, exortou hoje Israel a investigar os disparos do exército israelita contra uma delegação de diplomatas de vários países, incluindo de Portugal, durante uma visita a Jenin, na Cisjordânia ocupada.

"Apelamos a Israel para que investigue este incidente e também para que responsabilize os responsáveis", disse a alta representante da UE para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, numa conferência de imprensa realizada à margem da reunião dos chefes da diplomacia do bloco europeu e da União Africana, que decorre hoje em Bruxelas.

Qualquer ameaça à vida de diplomatas é "inaceitável", declarou Kaja Kallas.

As forças israelitas fizeram hoje "disparos de advertência" após um grupo internacional de mais de 20 diplomatas se ter "desviado da rota aprovada" na visita, indicou o exército israelita em comunicado, que "lamentou o incómodo" causado.

Não houve relatos de feridos no incidente.

Do grupo fazia parte o chefe da missão portuguesa em Ramallah, Frederico Nascimento, confirmou à Lusa fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE), que adiantou que o diplomata se encontra bem.

Segundo a agência noticiosa palestiniana WAFA, figuravam na delegação, além do português, representantes da UE, Áustria, Bulgária, Dinamarca, Espanha, Finlândia, França, Itália, Lituânia, Polónia, Reino Unido, Roménia, Rússia, Turquia, China, Canadá, México, Índia, Japão, Sri Lanka, Egito, Jordânia e Marrocos, bem como um número indeterminado de diplomatas de outros países.

A primeira reação ao incidente veio da parte do ministro dos Negócios Estrangeiros italiano, Antonio Tajani, que descreveu os disparos de advertência do exército israelita contra diplomatas na Cisjordânia como ameaças "inaceitáveis".

"Apelamos ao Governo israelita para que esclareça imediatamente o que aconteceu. As ameaças contra diplomatas são inaceitáveis", denunciou na rede social X.

O vice-cônsul italiano Alessandro Tutino, "que está bem" e com quem o ministro falou, "estava entre os diplomatas que foram alegadamente atacados com armas de fogo perto do campo de refugiados de Jenin", acrescentou.

Também o Governo de Espanha confirmou a presença de um diplomata espanhol na delegação, adiantando que este "se encontra bem".

"O ministério está a investigar tudo o que aconteceu. Estamos em contacto com os outros países envolvidos para dar uma resposta conjunta ao que aconteceu, que condenamos veementemente", afirmou o MNE espanhol, num curto comunicado enviado à agência francesa AFP.

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Cidadão ucraniano pró-russo foi assassinado nos arredores de Madrid

por RTP

Andryi Portnov foi atingido a tiro quando deixava os filhos no Colégio Americano.

No momento em que entrava na viatura foi rodeado por um grupo de pessoas e alvejado na cabeça e nas costas.

Os autores do crime escaparam e os serviços médicos já nada puderam fazer.

Portnov, advogado e político pró-russo foi assessor do ex-presidente Viktor Yanukovich, e esteve na lista negra da União Europeia, por violação dos direitos humanos e por desvio de fundos públicos.

Foi também investigado pelos serviços secretos de Kiev pelas ligações à Rússia e pela eventual implicação com a anexação da Crimeia.