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Rússia diz que denúncias sobre ataques químicos são justificação para invasão

por Lusa
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia Sergei Lavrov e o Presidente russo Vladimir Putin, no Kremlin Reuters

Moscovo, 08 abr (Lusa) - A Rússia considerou hoje que as denúncias internacionais sobre um ataque químico contra forças rebeldes na Síria, alegadamente conduzido pela aviação do regime de Bashar al-Assad, visam justificar uma eventual intervenção militar naquele país árabe.

"O objetivo destas falsas conjeturas, totalmente infundadas, é proteger os terroristas e a oposição radical que rejeita um acordo político e, ao mesmo tempo, tentar justificar possíveis ataques militares a partir do exterior", informou hoje o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo em comunicado.

A mesma fonte avisa que "uma intervenção militar, sob pretextos inventados e fabricados, feita na Síria, onde se encontram soldados russos a pedido do governo legítimo, é absolutamente inaceitável e pode conduzir às mais graves consequências".

A Rússia considera que as denúncias constituem um novo caso de "desinformação" e recordou que a fontes destas informações, a ONG Capacetes Brancos, foi acusada de conivência com os terroristas, tal como outras organizações com base nos EUA e no Reino Unido.

Moscovo recorda que a maior parte de Ghouta Oriental já foi libertada do controlo dos terroristas e que os "radicais irredutíveis" que continuam a opor resistência em Duma estão a "usar civis como escudos humanos".

Os militares russos na Síria negaram hoje todas as informações sobre o alegado ataque químico em Duma e mostraram-se "dispostos" a enviar especialistas para a zona.

A agência oficial síria, SANA, também rejeitou qualquer responsabilidade por parte das forças sírias e escreveu que as "denúncias do uso de substâncias químicas em Duma são uma tentativa clara de impedir o progresso do Exército".

Segundo da ONG Capacetes Brancos, pelo menos 40 pessoas, na sua maioria mulheres e crianças, morreram hoje por asfixia num ataque químico contra Duma, localidade nos arredores de Damasco.

Já o Presidente dos EUA, Donald Trump, responsabilizou hoje o presidente russo e do Irão por darem apoio "ao Animal Asad" nos ataques químicos.

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