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Rússia comemora "Dia da Vitória" sob tensão

por Lusa
A Rússia preparou com todas as cautelas as comemorações do "Dia da Vitória" Maxim Shipenkov-Epa

A Rússia comemora esta terça-feira com um grande desfile militar o “Dia da Vitória”, um dos feriados mais importantes do país que assinala o dia em que a Alemanha nazi se rendeu às forças soviéticas, na II Guerra Mundial.

Em plena Praça Vermelha, no centro de Moscovo, o desfile militar vai acontecer este ano sob fortes medidas de segurança após uma série de alegados ataques com "drones" (aparelhos aéreos não tripulados), incluindo na cidadela do Kremlin - centro nevrálgico do Estado russo -, que Moscovo atribuiu à Ucrânia, com a cumplicidade de Washington.

Por receio de potenciais atos conduzidos por sabotadores pró-ucranianos, várias regiões russas reduziram a dimensão dos eventos de comemoração ou até mesmo cancelaram as iniciativas previstas.

Mesmo assim, é expectável que a parada militar na capital russa reúna milhares de militares e seja uma demonstração do arsenal militar da Federação Russa.

O Dia da Vitória é um aniversário importante para o presidente Vladimir Putin, que irá discursar e que frequentemente evoca o espírito e o sacrifício que ajudaram a União Soviética a derrotar a Alemanha nazista em 1945 para acender o sentimento de patriotismo dos russos, especialmente desde o lançamento do que ele chama de "operação militar especial" na Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022.

Na véspera, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anunciou que a Ucrânia renunciava a qualquer comemoração no dia 9 de maio, de acordo com a tradição soviética e russa, e que ia celebrar o “Dia da Vitória” a 8 de maio com o “mundo livre”.

Apesar dos receios na Ucrânia e na Rússia de que a data de hoje seja usada para a realização de mais ataques, além de Von der Leyen em Kiev são esperados, por seu lado, em Moscovo vários líderes estrangeiros.

O presidente do Quirguistão, Sadyr Zhaparov, chegou na segunda-feira à capital russa e avistou-se com Vladimir Putin.

No mesmo dia as autoridades anunciaram que o presidente uzbeque Shavkat Mirziyoyev, e o presidente tajique, Emomali Rakhmon, também estarão nas festividades, juntamente com o primeiro-ministro da Arménia, Nikol Pashinyan, e o líder do Cazaquistão, Kassym-Jomart Tokayev.


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