Com recurso a imagens de satélite ficou a saber-se que a Rússia libertou dois golfinhos treinados a partir da sua base naval no Mar Negro, possivelmente para prevenir ataques submarinos. As imagens foram registadas pelo Instituto Naval dos Estados Unidos e notaram que os golfinhos mudaram-se para Sebastopol no início da invasão russa na Ucrânia.
De acordo com a análise do Instituto Naval americano, a base de Sebastopol é vulnerável a ataques. Apesar de não ser possível atacar com mísseis é possível atacar pelo mar. O treino de golfinhos provém da era soviética e acabou por ser negligenciado com a queda da URSS.
Os golfinhos eram treinados já que têm grandes capacidades de localização, podendo descobrir minas debaixo de água. Os Estados Unidos também têm um exército de golfinhos e leões marinhos, que também podem ser sujeitos a treino.
O programa de treino regressou em 2012 em Sebastopol, através da Marinha ucraniana, mas os animais passaram para as mãos dos russos depois da anexação da Crimeia. A Ucrânia pediu nos últimos anos a devolução dos animais mas a Rússia recusou e a agência noticiosa RIA noticiou que o Kremlin quer expandir o projeto.
“Os nossos especialistas desenvolveram novos dispositivos que transmitem o sinal dos golfinhos de deteção de alvos para um monitor. A Marinha ucraniana não tinha fundos para desenvolver os projetos e alguns deles tiveram de ser desativados”, disse uma fonte à agência russa.
Há alguns anos, a Marinha russa anunciou que ia comprar mais cinco golfinhos, lançando um concurso para a venda de golfinhos para a base de Sebastopol. De acordo com o Guardian, é difícil perceber se estes golfinhos que estão na base naval são os mesmos pedidos no contrato de compra.
Já em 2018, imagens de satélite mostraram que a Rússia usava golfinhos na base naval de Tartus, na Síria. No entanto, não são apenas os golfinhos que os russos treinam. Em 2019, foi descoberta uma baleia-branca na costa da Noruega e acredita-se que tenha sido treinada pelos russos.
Pescadores presentes no local reportaram dispositivos estranhos no dorso da baleia, pensando-se que pudessem ser câmaras.