Um grande carregamento de ânforas romanas, atribuídas ao séc. II a.C., foi identificado a 92 metros de profundidade, com recurso a um robô submarino, ao largo de Palermo. As autoridades sicilianas descreveram a descoberta como um dos achados mais importantes dos últimos anos.
Esta campanha de monitorização está a fazer reconhecimento subaquático para escrutinar a presença de achados arqueológicos no fundo do Mediterrâneo.
Segundo os arqueólogos, o conjunto de ânforas reveladas pelo Rov aponta para que sejam do formato conhecido por Dressel 1. Este tipo de contentores cerâmicos está documentado noutros naufrágios e é associado ao transporte de vinho.
È forse uno dei ritrovamenti più importanti degli ultimi mesi https://t.co/5ZEVb8yRO1 #archeology #archeologia #underwater #Sicilia
— Archeo_Mar_Archeo_Sub (@archeomar) July 27, 2021
O anúncio desta semana classifica o novo achado como uma descoberta muito significativa para aprofundar os estudos sobre as ligações comerciais em periodo republicano romano no momento de expansão de Roma no séc. II a.C., tanto em terra como no domínio marítimo.
"A identificação do navio romano no fundo do mar de Isola delle Femmine é talvez um dos achados mais importantes dos últimos meses" sublinha o conselheiro para o Património Cultural e Identidade da Sicília, Alberto Samonà, citado na publicação palermotoday.
#sicilia#archeologia #naveromana
— Diegozzi (@Diegozzi1) July 28, 2021
VIDEO | Nel mare di Isola il relitto di una nave romana: le immagini https://t.co/IMzkEAXkB1
O trabalho conjunto do ARPA da Sicília e da Super-intendência do Mar tem demonstrado que a interação entre a investigação do meio ambiente e da arqueologia está a dar frutos.
Para os responsáveis pela expedição, a recente descoberta arqueológica acrescenta dados ao património preservado no fundo marinho.
"O Mediterrâneo dá-nos continuamente elementos preciosos para a reconstrução de nossa história ligada ao comércio marítimo, os tipos de embarcações, os transportes realizados", disse a super-intendente de Mar da região da Sicília, Valeria Li Vigni.
"Agora saberemos mais sobre a vida a bordo e as relações entre as populações costeiras'', acrescenta, citada no jornal britânico The Guardian.
"Agora saberemos mais sobre a vida a bordo e as relações entre as populações costeiras'', acrescenta, citada no jornal britânico The Guardian.
São conhecidos outros naufrágios romanos ao longo do Mediterrâneo. Em 2013 foi identificada uma embarcação romana quase intacta, a 50 metros de profundidade, na costa de Génova. Da carga, os arqueólogos resgataram 50 ânforas.
O somatório das descobertas permite fazer uma reconstituição da atividade comercial de Roma no Mediterrâneo e dos circuitos do vinho, azeitonas e preparados de peixe entre o norte da África, Península Ibérica, França e Médio Oriente.