Rishi Sunak avisa Benjamin Netanyahu. "Pausa humanitária" em Gaza é "prioridade imediata"

por Graça Andrade Ramos - RTP
Rishi Sunak, primeiro-ministro do Reino Unido Carl Recine - Reuters

O primeiro-ministro britânico telefonou esta tarde ao seu homólogo israelita, transmitindo a necessidade urgente de negociar tréguas humanitárias na Faixa de Gaza. É uma "prioridade imediata", afirmou, de acordo com um comunicado de Downing Street.

"O primeiro-ministro sublinhou a escala da crise humanitária em Gaza e apelou Israel a abrir completamente a passagem de Kerem Shalom e a permitir a entrega por via marítima da ajuda internacional através do porto de Ashdod", esclareceu o comunicado.

Sunak "repetiu que a prioridade imediata deveria ser negociar uma pausa humanitária para permitir a libertação com toda a segurança dos reféns e facilitar o encaminhamento de uma ajuda muito mais importante a Gaza, levando a um cessar-fogo duradouro a mais longo prazo", explicou ainda o seu porta-voz"

"O primeiro-ministro declarou que o Reino Unido estava profundamente preocupado com a perda de vidas civis em Gaza e pelo impacto humanitário potencialmente devastador de uma incursão militar israelita em Rafah", acrescentou.

A conversa entre os dois líderes coincidiu com uma nova vaga de ataques na área meridional da Faixa de Gaza.

É "necessário fazer mais" para suavizar as restrições impostas ao fornecimento de ajudas e garantir que as Nações Unidas e as agências humanitárias possam chegar aos palestinianos em toda a Faixa de Gaza, acrescentou Rishi Sunak.

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu prometeu esta quarta-feira uma "possante" operação em Rafah "depois" de ter permitido à população civil de abandonar esta cidade.

Israel prometeu arrasar com o movimento islamita palestiniano Hamas, responsável pelo ataque lançado a 7 de outubro contra Israel que causou 1.160 pessoas, na sua maior parte civis, de acordo com a contabilidade israelita.

De acordo com o ministério da Saúde de Gaza, território controlado pelo Hamas, a ofensiva israelita provocou pelo menos 28.576 mortos, na maioria identificados como civis.
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