Resgatado o capitão norte-americano raptado por piratas na costa da Somália
O comandante Richard Phillips estava refém desde a passada quarta-feira. Perseguidos pela marinha dos Estados Unidos, pelo menos três dos quatro sequestradores foram abatidos e o norte-americano saiu ileso.
O "Maersk Alabama", navio que Phillips comandava foi abordado pelos piratas mas Phillips ofereceu-se como refém para garantir a segurança dos 20 tripulantes do porta-contentores que transportava comida do programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas para a Somália.
Mantido sobre a ameaça do número e das arma, ao capitão Richard Phillips pouco restava senão aguardar por um desfecho e esperar sair com vida. Os sequestradores pedia a soma de 1,5 milhões de euros para libertarem o capitão norte-americano.
Desde o passado sábado que um navio de guerra norte-americano se encontrava na área onde a embarcação dos piratas somalis se encontrava com o seu refém. Uma primeira tentativa por parte do navio norte-americano de pôr cobro à situação terá mesmo falhado. Apenas uma segunda tentativa foi coroada de êxito.
Uma primeira força de assalto constituída por uma pequena embarcação com um pequeno destacamento de soldados avançou para cercar a embarcação dos piratas somalis. Estes encontravam-se apenas a 30 quilómetros da costa somali e pretendiam atingi-la para desembarcar o seu refém.
Conscientes que se esse desembarque acontecesse, muito mais difícil seria localizar o seu cidadão feito refém, a marinha norte-americana tentou a todo o custo evitar que o barco em que estava sequestrado o capitão Phillips atingisse terra e conseguisse proceder ao desembarque do refém.
A operação foi bem sucedida e o ataque ao pequeno bote conseguiu libertar ileso o capitão Richard Phillips. Quanto aos sequestradores, três perderam a vida e um quarto foi preso pelos militares norte-americanos. Irá agora certamente responder perante um tribunal.
Por resgatar continuam 17 embarcações e mais de 200 reféns.
Chefes tribais somalis oferecem-se para medianeiros
Antecedendo a operação final do "Brainbridge" - o navio da marinha norte-americana que seguia os piratas e que finalmente actuou e libertou o capitão Phillips - houve uma tentativa de mediação por parte dos chefes tribais somalis para que se chegasse a um acordo que permitisse salvar quer o refém quer os sequestradores.
Com efeito, chefes tribais da Somália e familiares dos jovens piratas somalis ofereceram-se para servir de mediadores entre os piratas e a marinha norte-americana.
Abdi Ali Mohamed, um ancião somali, que encabeçou o grupo de líderes tribais, pediu aos norte-americanos "uma garantia escrita de que poderíam regressar em segurança e livres à Somália com os jovens piratas e devolvê-los à sua comunidade).
Chegaram mesmo a deslocar-se para o local onde poderiam mais facilm,ente entrar em contacto com os piratas. Infrútifera tentativa. A actuação do navio de guerra norte-americano que libertou Richard Phillips, abatendo três sequestradores e detendo o quarto, inviabilizou qualquer possível negociação.