A Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) discute a partir desta quarta-feira a liderança do maior partido da oposição, com nove concorrentes aprovados, durante o sétimo congresso que reúne no centro do país cerca de 700 representantes do partido.
O atual presidente da Renamo, Ossufo Momade, disputa a liderança com Elias Dhlakama, irmão do líder histórico do partido (Afonso Dhlakama), Ivone Soares, deputada e antiga chefe de bancada parlamentar, André Magibire, antigo secretário-geral, Anselmo Vitor, chefe do departamento de formação e Alfredo Magumisse, membro da comissão política.
Juliano Picardo, presidente do conselho provincial de Tete, Pedro Murema, vogal do conselho provincial da cidade de Maputo e Hermínio Morais, membro da comissão política também estão na lista de candidatos à liderança do partido.
O conselho nacional da Renamo aprovou em abril o perfil do candidato à liderança do partido, exigindo, entre os requisitos, 15 anos de militância ininterrupta aos candidatos.
Com a aprovação do perfil, a candidatura do deputado Venâncio Mondlane - que em outubro passado foi o candidato da Renamo à autarquia de Maputo e que depois liderou dezenas de manifestações na rua contra os resultados eleitorais das eleições autárquicas - à liderança do partido torna-se impossível, já que o político só se juntou à Renamo em 2018, após abandonar o Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceira força política com assento parlamentar.
Moçambique realiza em 9 de outubro eleições gerais, incluindo presidenciais, às quais já não pode concorrer o atual presidente, Filipe Nyusi, por ter atingido o limite constitucional de dois mandatos.
Após a eleição do presidente, a Renamo terá de clarificar qual o candidato que vai apoiar ao cargo de Presidente da República nas eleições de outubro, que por norma é o líder do partido.