O relatório mensal do Observatório Europeu dos Meios de Comunicação Digitais (EDMO) analisou
1.376 artigos em fevereiro,
157 desses artigos (11 por cento)
tinham informação falsa sobre a guerra entre a Ucrânia e a Rússia, seguida da desinformação relacionada com a União Europeia (UE), com 99 artigos (sete por cento).
Divulgado esta segunda-feira, o documento tem como titulo “O efeito Trump na desinformação”.
Conclui que o aumento de mentiras sobre a guerra "parece dever-se, em parte, ao facto de o Presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Donald Trump, ter abraçado algumas narrativas falsas pró-Rússia para descrever a situação na Ucrânia, o seu líder e a responsabilidade pelo conflito".
As 33 organizações que constituem a rede de verificação de factos deste Observatório encontraram ainda 93 artigos (sete por cento) sobre desinformação relacionada com a imigração, 65 (cinco por cento) sobre desinformação referente à covid-19, também desinformação sobre as alterações climáticas, questões LGBTQ+ e de género e sobre conflito no Médio Oriente.
Mentiras que Trump espalha
O EDMO, no documento publicado esta segunda-feira, garante que algumas mentiras do presidente norte-americano fazem parte da propaganda estatal russa.
Um exemplo, lê-se no relatório, é a acusação de que Zelensky é um ditador que se recusa a realizar eleições e tem uma taxa de aprovação extremamente baixa. Falso.
O EDMO refere ainda que as falsidades ditas por Trump tiveram eco em alguns países da União Europeia.
Uma dessas mentiras diz que Zelensky rejeita as negociações de paz, é falso.
Outra mentira acusa o presidente ucraniano de roubar dinheiro que o Ocidente enviou para Kiev (falso).
Ainda outra desinformação: as armas dos EUA enviadas para a Ucrânia acabaram nas mãos de cartéis de drogas. Mentira, sublinha o Observatório.