Jeremy Hunt foi escolhido para ocupar a pasta das Finanças do Reino Unido, depois da demissão de Kwasi Kwarteng. O anterior ministro foi demitido esta sexta-feira, permanecendo apenas 38 dias no executivo: o segundo mandato mais curto na história do país.
Kwasi Kwarteng estava em Washington para reuniões anuais do FMI, quando recebeu ordens para voltar a Londres para discussão das controversas medidas orçamentais tomadas a 23 de setembro. Este conjunto de medidas financeiras incluía o congelamento dos preços da energia para famílias e empresas, entre outras reduções de impostos.
A medida mais contestada foi a abolição do escalão mais alto de impostos sobre os rendimentos dos contribuintes mais ricos: escalão onde estão incluídos os contribuintes singulares que recebem mais de 150 mil libras por ano, o equivalente a 171,3 mil euros. Nesta faixa, os rendimentos são taxados a 45%, algo que Kwarteng queria abolir. Além disso, o ministro anunciou a descida de 20% para 19% no escalão mais baixo e um desconto imediato no imposto sobre a compra de habitação.
As propostas acabaram por ter um efeito altamente contrário ao esperado. O custo da maior intervenção fiscal das últimas décadas foi estimado em cerca de 45.000 milhões de libras, o equivalente a 51.000 milhões de euros, algo que foi recebido com desconfiança pelos mercados financeiros, o que levou a uma desvalorização da libra e a um aumento dos juros sobre a dívida britânica. A forte instabilidade financeira obrigou ainda à intervenção de emergência do Banco de Inglaterra.
Numa altura em que a taxa de inflação e o custo de vida continuam a subir, os planos do ministro não agradam a uma grande parte da população britânica e a pressão sobre Truss para demitir Kwarteng aumentou fortemente. O facto de a chefe de Governo ter admitido numa entrevista que o ministro não lhe falou da medida antes de a apresentar no parlamento, levou os críticos a acreditarem que não havia um grande entendimento entre os dois governantes.
Kwarteng confirmou a demissão na conta de Twitter. "Pediu-me para eu me demitir, e eu aceitei", lê-se na carta publicada. O ministro demissionário das Finanças confessa que esteve sempre consciente que a situação no país era “incrivelmente difícil” devido à subida global das taxas de juro e preços da energia. Kwarteng deixa ainda uma mensagem de boa sorte à governante para o futuro.
As propostas acabaram por ter um efeito altamente contrário ao esperado. O custo da maior intervenção fiscal das últimas décadas foi estimado em cerca de 45.000 milhões de libras, o equivalente a 51.000 milhões de euros, algo que foi recebido com desconfiança pelos mercados financeiros, o que levou a uma desvalorização da libra e a um aumento dos juros sobre a dívida britânica. A forte instabilidade financeira obrigou ainda à intervenção de emergência do Banco de Inglaterra.
Numa altura em que a taxa de inflação e o custo de vida continuam a subir, os planos do ministro não agradam a uma grande parte da população britânica e a pressão sobre Truss para demitir Kwarteng aumentou fortemente. O facto de a chefe de Governo ter admitido numa entrevista que o ministro não lhe falou da medida antes de a apresentar no parlamento, levou os críticos a acreditarem que não havia um grande entendimento entre os dois governantes.
Kwarteng confirmou a demissão na conta de Twitter. "Pediu-me para eu me demitir, e eu aceitei", lê-se na carta publicada. O ministro demissionário das Finanças confessa que esteve sempre consciente que a situação no país era “incrivelmente difícil” devido à subida global das taxas de juro e preços da energia. Kwarteng deixa ainda uma mensagem de boa sorte à governante para o futuro.
Em apenas um mês de mandato, Liz Truss tem sido alvo de duras críticas, especialmente dentro do próprio partido, onde vários deputados começam a questionar a sua permanência em Downing Street.