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Região italiana da Lombardia endurece medidas restritivas

por Lusa
Alberto Lingria - Reuters

A região italiana da Lombardia, a mais afetada pela pandemia da covid-19, endureceu hoje as medidas restritivas para conter o surto, decretando a proibição de fazer desporto e multas até 5.000 euros para reuniões em lugares públicos.

O decreto entra em vigor a partir de domingo e vigora até 15 de abril, explicou a região na sua página da Internet.

A Itália registou hoje mais 793 mortos por covid-19, um número recorde em 24 horas, subindo para 4.825 o número de óbitos registados num mês pelo novo coronavírus, indicam dados da proteção civil italiana.

As autoridades italianas anunciaram mais 6.557 casos positivos pelo novo coronavírus, o que representa mais um número recorde de infetados.

A região de Milão, na Lombardia, situada no norte do país, onde os serviços de saúde já estão sobrecarregados, registou a maioria das mortes, 546 das 793 contabilizados e a maioria dos novos casos de contágio. No total, a região regista 2.549 mortes e 22.264 infetados.

O país transalpino, onde a pandemia fez a sua primeira morte há um mês, é o mais afetado do mundo pela covid-19.

"Já não sei como dizê-lo: apenas com a limitação extrema dos contactos interpessoais podemos conseguir reverter esta tendência", explicou o presidente da região da Lombardia, Attilio Fontana, numa nota.

A proibição de praticar desportos e atividades físicas ao ar livre, inclusivamente de forma individual, é uma das principais medidas impostas pelo decreto, que também proíbe mais de duas pessoas reunidas em locais públicos, com multas que podem ir até aos 5.000 euros.

O documento suspende as atividades artesanais, dos escritórios públicos e empresas profissionais, bem como os mercados semanais, menos as relacionadas com serviços essenciais, urgentes ou de utilidade pública, impede a utilização das máquinas de venda automática e interrompe as obras em curso, exceto as hospitalares e rodoviárias.

Todas as unidades de alojamento serão igualmente encerradas e os clientes deverão abandoná-las nas primeiras 72 horas após o decreto entrar em vigor, ficando de fora apenas os alojamentos relacionados com a gestão de emergências.

De acordo com o novo decreto, os profissionais de saúde terão direito a acompanhamento clínico antes do início do respetivo turno de trabalho.

A região aconselha também a população a manter um metro de distância em todos os momentos, como em transportes públicos, supermercados, farmácias e hospitais, recomendando que se facilitem medidores de temperatura corporal.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 271 mil pessoas em todo o mundo, das quais pelo menos 12.000 morreram.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Em Portugal, há 12 mortes e 1.280 infeções confirmadas.

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