As regiões do norte e do oeste da Ucrânia foram atingidas, durante a noite e ao início da manhã desta quinta-feira, por mais de três dezenas de mísseis disparados a partir de aviões e de um vaso de guerra da Rússia posicionado no Mar Negro, confirmam as autoridades ucranianas. Em Lviv, perto da fronteira com a Polónia, os projéteis russos abateram-se sobre uma “infraestrutura crítica”.
“Não ignorem as sirenes”, exortou ainda o responsável pela Administração Estatal Regional.Dezasseis de pelo menos 36 mísseis disparados durante a noite pelas forças russas terão sido intercetados, de acordo com a Força Aérea da Ucrânia.
O som das sirenes tem ecoado em cidades e outras localidades pela quase totalidade do território ucraniano. Mas a última vaga de bombardeamentos visou o norte e o oeste, segundo o chefe do gabinete da Presidência ucraniana.
“Infelizmente, houve impactos no norte e no oeste, assim como nas regiões de Dnipropetrovsk e Kirovograd”, indicou, também no Telegram, Andrii Yermak. Por sua vez, Serhi Lyssak, governador de Dnipropetrovsk, deu conta de pelo menos uma vítima mortal – uma mulher de 79 anos – desta última barragem de mísseis sobre a região. Foram ali atingidas zonas residenciais.A máquina de guerra russa tem em marcha, desde outubro, uma campanha de bombardeamentos em massa contra infraestruturas cruciais da rede energética ucraniana.
O think-tank norte-americano mostra-se mesmo persuadido de que o presidente russo, Vladimir Putin, não deverá “anunciar medidas para uma escalada da guerra na Ucrânia, grandes iniciativas de mobilização ou qualquer outra decisão política significativa” quando se dirigir à Assembleia Federal da Rússia, na próxima terça-feira.
“No sentido da paz”
O facto é que NATO e União Europeia redobram, nesta altura, esforços para robustecer o fornecimento de armamento pesado e munições à Ucrânia, face ao que anteveem como uma grande ofensiva russa a coincidir com o primeiro aniversário da invasão. Ao mesmo tempo, Paris aparenta querer manter a diplomacia à tona.
O presidente francês, Emmanuel Macron, recebeu na quarta-feira Wang Wi, principal conselheiro do presidente chinês, Xi Jinping, para a política externa. Nos termos de uma nota do Eliseu, ambos concordaram em trabalhar “no sentido da paz” para a Ucrânia.
Macron e Wang, número um da Comissão de Assuntos Externos do Partido Comunista da China, discutiram a guerra e as suas “consequências para os países mais vulneráveis, particularmente em termos de segurança alimentar e capacidade de financiamento”.
Os interlocutores, prossegue o Palácio do Eliseu sem aclarar eventuais iniciativas concretas, “expressaram o mesmo objetivo de contribuir para a paz ao abrigo do Direito Internacional”.
Emmanuel Macron tem manifestado, a espaços, a esperança de que Pequim, aliada próxima de Moscovo, pressione o Kremlin a retomar as negociações com os ucranianos.
c/ agências
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