O "sim" arrecadou 90,09 por cento dos votos no referendo realizado este domingo, segundo anunciou o governo regional. Segundo o executivo da Generalitat, votaram 2.262.424 eleitores.
Dos votos válidos, 7,87 por cento votaram no "Não" à independência (176.565 eleitores), 0,89 por cento de votos nulos (20.129 eleitores) e 2.03 por cento de votos brancos (45.586 eleitores).
Segundo a Generalitat, foram contados 2.262.424 votos neste escrutínio. A Assembleia Nacional catalã tinha definido a marca de um milhão de votos como um "éxito" para o referendo.
Jordi Turull referiu que foi impossível contabilizar cerca de 770.000 votos, segundo a estimativa do governo catalão, na sequência do encerramento de 400 escolas e outros locais de votação ou mesmo a apreensão de urnas pela polícia.
À hora do anúncio feito pelo governo catalão, faltavam ainda apurar cerca de 15 mil votos, faltando apurar pouco mais de seis por cento de votos.
📊 Resultats del Referèndum de #1OCT + 770.000 censats a col·legis clausurats pic.twitter.com/zCBEdsuKZp
— Govern. Generalitat (@govern) 1 de outubro de 2017
O governo catalão anunciou também que foram contabilizados mais de 2,26 milhões de votos, o que representa 42,3 por cento de afluência segundo as contas da agência Reuters. A Catalunha tem cerca de 5.34 milhões de eleitores.
O dia de votação ficou marcado pelos confrontos entre populares e a polícia junto das assembleias de voto. DE acordo com o último balanço divulgado há a registar 893 feridos.
A atuação das polícias de Madrid enviadas à região está a ser criticada pelos responsáveis catalães e merece grande destaque na imprensa internacional.
Ainda antes da apresentação dos resultados, o presidente do governo catalão Carles Puigdemont anunciava que o referendo realizado este domingo, à revelia dos tribunais e da Constituição espanhola, dava à Catalunha o direito à autodeterminação.
Segundo o jornal La Vanguardia, vários grupos separatistas apelaram à marcação de uma greve geral na próxima terça-feira.