O ministro da Educação sustentou esta terça-feira que o apoio de Portugal à reconstrução da Ucrânia "não é um puro ato de solidariedade e cooperação". Trata-se do "reconhecimento do absurdo desta guerra, da crueldade dos ataques". João Costa está na Conferência de Recuperação promovida em Lugano, na Suíça.
"A vontade de Portugal de apoiar a reconstrução da Ucrânia não é um puro ato de solidariedade e cooperação. É o reconhecimento do absurdo desta guerra, da crueldade dos ataques perpetrados contra alvos civis, independentemente das convenções internacionais fundacionais", clamou o governante português.
A ajuda portuguesa passa pela reconstrução de escolas na região ucraniana de Jitomir, a cerca de 150 quilómetros de Kiev. Calcula-se que tenham ali sido destruídos perto de 70 estabelecimentos de ensino.A conferência de Lugano, que teve início segunda-feira, visa estabelecer um roteiro de intervenção para a recuperação da Ucrânia, sob invasão militar da Rússia desde 24 de fevereiro. Estão representados 36 países e organizações internacionais como o Banco Mundial, a Organização Mundial da Saúde e a União Europeia.Até ao momento, Portugal atribuiu 46.181 proteções temporárias, das quais 28 por cento foram concedidas a menores - perto de 13 mil crianças. Os números são do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras.
As escolas portuguesas abriram as portas a alunos ucranianos. São agora cerca de 4.700 os estudantes inscritos no ensino português, segundo o ministro da Educação.
"Temos estado com um número muito estável no que foram as matrículas no final do terceiro período e já com a projeção com as matrículas para o primeiro período do próximo ano, com um número muito estável de 4.700 alunos", disse o responsável na segunda-feira, em declarações à agência Lusa.
c/ Lusa