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Rebeldes Houthis do Iémen reivindicam ataque a "petroleiro britânico"

por Lusa
Houthi Military Media via Reuters

Os rebeldes Houthis do Iémen reivindicaram hoje a autoria do ataque a um "petroleiro britânico" no Mar Vermelho, noticiado no dia anterior pelas agências de segurança e pelo Departamento de Estado norte-americano.

"As forças navais das forças armadas iemenitas levaram a cabo uma operação que visou o petroleiro britânico Pollux no Mar Vermelho com um grande número de mísseis navais", declarou o porta-voz militar, Yahya Saree.

A agência britânica de segurança marítima UKMTO e a Ambrey, uma empresa de segurança especializada no transporte marítimo, registaram uma explosão perto de um navio ao largo da cidade de Mokha.

"O navio e a sua tripulação estão a salvo", informou a UKMTO, enquanto a Ambrey referiu danos ligeiros.

O Departamento de Estado norte-americano afirmou que um míssil lançado do Iémen atingiu um "navio de bandeira panamiana a caminho da Índia que transportava petróleo bruto".

Desde novembro, os Houthis intensificaram os ataques a navios mercantes no Mar Vermelho e no Golfo de Aden, obrigando muitos armadores a contornar esta zona marítima vital para o comércio internacional.

Os rebeldes iemenitas apoiados por Teerão afirmam estar a atacar navios ligados a Israel "em solidariedade" com os palestinianos na Faixa de Gaza, onde Israel está em guerra com o Hamas, na sequência do ataque sem precedentes do movimento islamita palestiniano em solo israelita, a 07 de outubro de 2023.

Desde janeiro, também atacaram navios britânicos e norte-americanos em resposta a ataques contra as suas posições por parte dos Estados Unidos e do Reino Unido, que afirmam estar a "defender" a liberdade de navegação.

Os Houthis, considerados terroristas por Washington, reivindicaram na quinta-feira a responsabilidade por outro ataque contra "um navio britânico" no Golfo de Aden.

Os rebeldes afirmaram na sexta-feira que "não hesitarão em levar a cabo e alargar as suas operações militares para defender o Iémen e afirmar a sua solidariedade com o povo palestiniano".

Os rebeldes controlam a capital Sana e grandes extensões de território no noroeste do Iémen, um país que vive uma guerra civil desde 2014.

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